Hitioria

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Instituto Multidisciplinar, 17 de julho de 2015

Aluna: Katia Ferreira Alves

Departamento de Educação e Sociedade

Professor: Flávio  Andrade

IM124: História e Educação II

               MINHAS MEMÓRIAS PROFISSIONAIS

  Sou professora da educação infantil a aproximadamente uns cinco anos.

  Meu primeiro dia me lembro muito bem, foi um nervosismo tremendo não sabia por onde começar e as crianças choravam muito afinal era o primeiro dia delas também, tudo que eu fazia não adiantava eu cantava, dançava, pulava e nada das crianças pararem de chorar,  depois de muita choradeira resolvi leva-las para o pátio mesmo com medo da diretora não gostar; espalhei os brinquedos e deixei elas fazerem o que queriam; uns brincavam de bola,  outros de correr , outros de carrinho  e outros de bonecas e foi assim que consegui que parassem de chorar e essa brincadeira levou uns dois meses, fiquei preocupada pois não estava trabalhando como deveria , isso, na minha concepção de que eu tinha que dar conteúdo,  atividades esse negócio de só levar as crianças todo dia pro pátio iria me causar problemas ai comecei a dar atividades enchia as pobres crianças de trabalhinhos crente que estava sendo uma boa professora,  eu queria alfabetizar aquelas crianças e com isso enchia a cabeça delas de coisas que não era próprio para a idade delas e meu primeiro ano foi assim cheio de altos e baixos algumas coisas davam certo e outras não.

   No segundo ano conheci uma professora que já trabalhava com a educação infantil e começou a me dar uns toques sobre o que poderia dar e como dar as atividades foi ai que percebi o quanto eu desconhecia de educação infantil e comecei a pesquisar e fui me aperfeiçoando e vi o quanto eu estava errada   achava que se eles estivessem sentados e quietos estaria fazendo um bom trabalho eu não fazia o principal que é a observação.

  Passei a deixá-los mais livres e a observá-los e entendi que é na brincadeira que eles conversam e até brigam, porém estão se socializando, aprendendo a respeitar uns aos outros.

   Me lembro de cada rostinho da minha primeira turma, cada um com seu jeito um que mordia, outro que chorava, outro que batia, tinha uma que parecia uma princesa de tão delicada e a cada ano que começa minha turma é sempre especial, amo ser professora da educação infantil.

     A conclusão da minha pouca experiência nesses cinco anos é a de que eu usava o método tradicional que impõe a criança o que ela precisa aprender e que o professor é o detentor do saber.

   Hoje estou mais para a teoria do sócioconstrutivismo que traz em si idéias  piagetianas e vigotskyanas, que enfatiza a construção do conhecimento numa visão social, histórica e cultural. Enfatizam a importância da interação e da informação linguística para a construção do conhecimento. O centro do trabalho passa a ser, então o uso e a funcionalidade da linguagem, o discurso e as condições de produção. O papel do professor é o de mediador, facilitador, que interage com os alunos através da linguagem num processo dialógico.

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