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Canção Traz Emoção


Enviado por   •  31 de Marzo de 2015  •  3.459 Palabras (14 Páginas)  •  237 Visitas

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DISCIPLINA: Teoria da Literatura I

PROFESSOR: Henrique Eduardo de Sousa

ALUNA: Maria Das Vitorias Da Silva Santos

Ensaio

Canção traz emoção

Resumo

Nesse ensaio pretende-se, fazer uma análise do poema de Cecilia Meireles, “canção”. A análise inicia-se com um breve comentário sobre o poema e consiste em expor o nível sonoro, nível semântico, nível léxico, nível morfossintático e procura explicar o que é o eu lírico, e a sua presença no poema com base nos textos dos livros Dicionário de termos literários, MOISÉS, Massaud, Gêneros literários de SOARES, Angélica.

COMENTÁRIO

Esse poema de Cecilia Meireles “canção” parece ser bastante emocional e dramático, há um eu que abre mão dos seus sonhos, do que gostaria ser, para que assim tenha uma vida mais calma. Porque ver o sonho como algo sofrido, que exige trabalho, esforço, dedicação e luta, coisa que nem todas as pessoas suportam passar para assim alcança-lo, ou seja, o eu lírico não estava disposto a fazer o que seu sonho lhe exigia, então preferiu desistir de seu sonho, fez até mais que isso, o destruiu.

Nota-se que eu lírico tem como desejo destruir o seu sonho, como pode-se ver nos versos “Pus meu sonho num navio\e o navio em cima do mar;\ (…) \para o meu sonho naufragar” e “Depois, tudo estará perfeito;”.

Pode-se notar que, nas palavras usadas trazem a ideia de que o eu lírico não só queria ver seu sonho naufragar, mas sim acabar, como vemos nos versos “debaixo de água vai morrendo\ meu sonho, dentro de um navio…” o seu objetivo foi alcançado e fez isto porque não queria mais chorar, para que assim encontrasse a tranquilidade que o sonho não o deixava alcançar.

Vemos isso quando o eu lírico compara suas lágrimas a uma tempestade, a qual suas águas enchem o mar, pode-se ver isso nos versos “chorarei quanto for preciso, \para fazer com que o mar cresça,” e logo depois traz em sua última estrofe a paisagem de calmaria que vem logo após a tempestade, “Depois, tudo estará perfeito;\ praia lisa, águas ordenadas,\ meus olhos secos como pedras\e as minhas duas mãos quebradas” nestes dois últimos versos pode se ver que os “olhos secos como pedras” parece comparar-se como as pedras que ficam expostas e secas após a tempestade e as ”duas mãos quebradas” como as arvores que caiem, depois da tempestade que e suas lágrimas provocarão e fazem com que seu sonho desapareça, tudo estar perfeito, pois não tem mas seu sonho para lhe preocupar.

Podendo assim ver que a definição de perfeito do eu lírico em relação a natureza estar no segundo verso da quinta estrofe, “praia lisa, águas ordenadas,” é muito agradável, já a do eu no dos últimos versos da quinta estrofe, “e meus olhos secos como pedras\e as minhas duas mãos quebradas” essa definição causa uma surpresa, visto que é muito distinta da primeira ideia, ou seja, o oposto uma da outra.

Esse é para mim um poema único e especial, porque me fez ver que por mais difícil que seja alcançar nossos sonhos, não devemos desistir, pois a perfeição nunca será alcançada e sonhar é os que nos faz viver intensamente.

NÍVEL SONORO

Observa-se que no poema “canção” de Cecilia Meireles há traços narrativos onde descrevem como o eu lírico destruiu seu sonho, tem sua estrutura formada por cinco estrofes de quatro versos, totalizando vinte versos. Ver se também que todas as estrofes são pontuadas com ponto final em seus últimos versos, exceto a estrofe três que tem seu último verso terminado por reticências. Pode-se observar que em todo o poema há uma predominação das consoantes nasais sonoras (M, N, NH) e das consoantes fricativas surdas (S, Ç, C) onde na primeira estrofe predomina as consoantes nasalizadas e na segunda as fricativas surdas e ver se que todo os seus versos termina em (s), de acordo com isso é possível notar que no primeiro verso da primeira estrofe há ocorrência de aliteração em (S e M), causando uma repetição sonora, nota se também uma assonância em (O e U) causando uma proximidade dos sons e percebe-se que há nasalização nas vogais no primeiro verso e em todo o poema.

Já na terceira estrofe no seu primeiro verso é visto que houve a repetição da consoante fricativa sonora (v), o que nos traz a ideia de uma sonoridade mas realçada, ou seja, com mais ênfase em sua sonoridade, trazendo assim uma ideia do som dos ventos.

No poema as suas silabas métricas são octossílabos e regulares, rimas exatas em todas as estrofes exceto na terceira que tem a rima toante, que se faz no segundo e quarto versos de cada estrofe, levantamento das rimas: 1ª estrofe (mar\naufragar) 2ª (entreabertas\desertas) 3º (frio\navio) 4º (cresça\desapareça) 5º (ordenadas\quebradas) observe o poema abaixo.

Canção

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Pu\so \meu\ so\nho\ num \na\vi\o

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e o\ na\vi\o\ em \ci\ma \do \mar;

1 2 3 4 5 6 7 8

- de\pois, \a\bri \o\ mar\ com\ as\ mãos

1 2 3 4 5 6 7 8

Pa\ra \o \meu \so\nho\ nau\fra\gar.

1 2 3 4 5 6 7 8

Mi\nhas\ mãos\ ain\da es\tão\ mo\lha\das

1 2 3 4 5 6 7 8

do a\zul \das \on\das \en\tre\aber\tas,

1 2 3 4 5 6 7 8

e a \cor \que es\co\rre\ de\ meus\ de\dos

1 2 3 4 5 6 7 8

co\lo\re\ as\ are\ias\ de\ser\tas.

1 2 3 4 5 6 7 8

O\ vem\to\ vem\ vin\do\ de\ lon\ge,

1 2 3 4 5 6 7 8

a \noi\te\ se\ cur\va\ de\ fri\o;

1 2 3 4 5 6 7 8

de\ba\ixo\ da á\gua\ vai \mo\rren\do

1 2 3 4 5 6 7 8

meu\ so\nho\, den\tro\ de um \na\vi\o...

1 2 3 4 5 6 7 8

Cho\ra\rei\ quan\to\ for\ pre\ci\so,

1 2 3 4 5 6 7 8

Pa\ra\ fa\zer\ com\ que o \mar \cres\ça,

1 2 3 4 5 6 7 8

e o\ meu\ na\vio \che\gue\ ao\ fun\do

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