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Assim Falou Zaratustra - OSuper Homem


Enviado por   •  5 de Noviembre de 2013  •  1.855 Palabras (8 Páginas)  •  430 Visitas

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Na obra Assim Falou Zaratustra, Friedrich Nietzsche aborda, pela ótica da teoria do Super Homem, o tema Estado. Segundo sua análise, é impossível nascer o Super Homem dentro da estrutura organizacional que se encontra o Estado.

Super Homem é o termo originado do alemão Übermensch, descrito no livro Assim Falou Zaratustra (Also sprach Zarathustra), do filósofo alemão Friedrich Nietzsche, em que explica os passos através dos quais o Homem pode tornar um 'Super-Homem' (homos superior, como no inglês a tradução também pode ser compreendida como super-humano).

• Através da transvaloração de todos os valores do indivíduo;

• Através da sede de poder (vontade de potência), manifestado criativamente em superar o nihilismo e em reavaliar ideais velhos ou em criar novos.

• E, de um processo contínuo de superação.

Na obra, é evidente a crítica ao Estado moderno-democrático pela sua forma de tratar o homem levando-o a uma degradação generalizada quanto a sua raça e, consequentemente, transformando-o, no mais intimo do seu ser, fazendo do homem uma criatura frágil, mesquinha e medíocre.

Para Nietzsche,a evolução do Estado ocorre de forma faseada. No primeiro momento de sua existência, o Estado, considerado até então primitivo, percebe-se que os homem se agruparam com a finalidade de satisfazer as necessidades momentâneas ou emergências de cada um de seus indivíduos, se assim podemos chamar. Com o passar dos anos, o Estado perde a característica primitiva e o homem, que antes vivia em grupo com a finalidade de ocupar-se na satisfação de suas necessidades, começa a ter outros objetivos para serem realizados no âmbito social. A mudança trouxe consigo novas formas de sociedade, de sistemas políticos, de instituições e enfim, trouxe ao homem uma nova forma de vida: o viver supérfluo e assim o homem foi se degenerando; a esse Estado dá-se o nome de ‘moderno’. O estado moderno foi o Estado em que Nietzsche viveu.

Para o autor, há duas maneira de responder o que o Estado é. Uma delas é o Estado primitivo e a outra o Estado moderno. Quanto ao Estado primitivo assim escreve Nietzsche:

Emprego a palavra ‘Estado’, mas é fácil compreender que me refiro a uma horda qualquer de aves de rapina, uma raça de conquistadores e de senhores, que, com a sua organização guerreira, deixaram cair sem escrúpulos as suas formidáveis garras sobre uma população talvez infinitamente superior em número, mas ainda ignorante e errante. Tal é a origem do ‘Estado’.

O Estado já nasce como uma instituição onde o homem já é subjugado, onde pode-se perceber uma grande besta fera que lança suas garras para conduzir o homem segundo seus ideais e objetivos, e não observa que o homem, para se realizar como ser humano, deveria viver numa estrutura que fosse própria para desenvolver todas as suas capacidades, se assemelhando, cada vez mais, ao super-homem. Do mesmo modo essa concepção aparece noutra passagem onde o Estado nasce de uma raça de guerreiros que ameaça e subjuga os mais fracos e frágeis, como segue Nietzsche:

Digamos, sem meias palavras, de que modo começou na terra a civilização superior! Homens de uma natureza ainda natural, bárbaros em toda terrível acepção de palavra, homens de rapina, ainda possuidores de energia de vontade e ânsias de poder intacta, arremeteram sobre raças mais fracas, mais polidas, mais pacíficas, raças de comerciantes ou de pastores, talvez, ou sobre culturas antigas e murchas. Essa não é a única concepção do início do Estado primitivo para Nietzsche. Como a maioria dos filósofos políticos, e me refiro aos contratualistas do século XVII e XVIII, como Hobbes, Rousseau e Locke, onde crêem que os homens naturais se uniram por meio de uma necessidade, como por exemplo enfrentarem os perigos para dar continuidade às suas vidas. Nietzsche também tinha a concepção de que os homens se uniram tendo em vista a satisfação de alguma necessidade como é desenvolvido no § 22, de Der Wanderer und sein Schatten: “A comunidade é, no princípio, a organização dos fracos em vista do equilíbrio com poderes ameaçadores”. Entretanto, não pretendo aqui igualar a filosofia dos contratualistas sobre a idéia de Estado de natureza com a filosofia de Nietzsche sobre o Estado primitivo, mas apenas fazer uma simples comparação de idéias afins pois pretendo, em um estudo posterior, aprofundar esse importante tema na filosofia política.

No Estado primitivo, o homem tem como objetivo apenas satisfazer suas necessidades temporais, como juntar suas forças para defender suas vidas. Essa unidade dos homens foi bem aceita do ponto de vista da suas vantagens para a comunidade e, por isso, foram se tornado cada vez maiores. Também surgiram novas idéias nesse grupo de pessoas, que mais tarde se tornaria primitivos sistemas, que mais tarde foram chamados de sistemas econômicos e políticos. Com o passar dos anos, esses sistemas tiveram maiores importância na vida da comunidade e foram, segundo Nietzsche, desvirtuando os homens da primeira finalidade do grupo que era a de satisfazer a necessidade temporal.

De um Estado primitivo passa-se, então, a um outro Estado que é chamado de moderno, que foi analisado por Nietzsche. O Estado, que é nomeado de o ‘novo Ídolo” por Nietzsche, tomou o lugar de Deus. Segundo o autor, Deus caiu com toda as suas leis morais, onde tinha por objetivo limitar o viver do ser humano a uma mera expectativa futura, ou uma felicidade vindoura; o Estado agora assume o papel de regulador da vida do homem obrigando-os a viver de acordo com a sua vontade e, consequentemente, retirando do homem a possibilidade de se tornar o super-homem.

No texto ‘Do novo Ídolo’ o autor começará por perguntar

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