Lideranca
polafm19814 de Junio de 2014
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Liderança Criativa
1 INTRODUÇÃO
O tema liderança requer novos paradigmas. Além disso, tem sido tema de grande preocupação entre empresários brasileiros. O que faz uma empresa ser bem-sucedida e outra menos, sendo que ambas possuem tecnologia e produtos que podem ser equiparados? As respostas são as mais diversas, porém a mais comum é a que se refere às pessoas que compõem as organizações e, consequentemente, os processos de liderança. Com todas as mudanças que ocorrem, percebe-se a importância do líder servindo como âncora da equipe, um radar que dá a direção a ser seguida, buscando o sucesso e a eficácia organizacional e dificultando o seu fracasso. Para isso, torna-se necessário estabelecer uma nova postura na relação líder/ subordinado, através de uma nova postura, uma vez que a anterior já não fazia mais efeito, leva ao comprometimento e desenvolvimento das pessoas, fazendo com que o funcionário vista a camisa da empresa.
2 CONCEITUANDO LIDERANÇA
No atual cenário empresarial proliferam idéias próprias sobre as características de uma liderança excepcional em adição aos princípios e teorias clássicos.
Como a liderança hoje é um dos condutores das organizações ao alcance da excelência e da sua própria superação , tanto mais interesse tem sido evidenciado pelo assunto, fato que atrai um grande número de conjecturas sobre modelos e aplicações utilizados para identificar, desenvolver e avaliar o potencial dos executivos e pessoas-chave dentro das empresas e o desempenho das equipes de trabalho. Encontrar líderes excepcionais parece ter se tornado vital para o sucesso das organizações.
Historicamente , a preocupação com o conceito de liderança ganhou impulso com a promoção do movimento das relações humanas, iniciado por Elton Mayo durante a década de 20. Se para a Escola da Administração Científica a ênfase era a tarefa (produção) e para os teóricos da Administração Clássica, a estrutura organizacional e sua gerência, para os adeptos desse novo movimento, a potencialização dos resultados organizacionais estava justamente ligada às pessoas. Focalizando sua atenção na dinâmica de grupos de trabalho, o conceito de liderança ganhou efetivo espaço, contribuindo para a elevação da produtividade, a integração das equipes, intercâmbio de idéias e um eficaz processo de comunicação multilateral.
Muitas mudanças foram verificadas no cenário empresarial ao longo de mais de 70 anos de evolução. O conceito de liderança também acompanhou a variação de padrões e estruturas organizacionais, sofrendo algumas modificações em seu modelo de competências, contudo, sem que fossem alterados seu efetivo valor e suas propriedades.
Ao examinar-se os diversos conceitos que embasam o assunto, pode-se sinteticamente, reduzi-los a três abordagens ou teorias:
1. Traços de personalidade (características do líder ou o que o líder é);
2. Estilos (comportamento do líder ou o que o líder faz);
3. Situacionais (circunstâncias ou cenário em que o líder atua).
Baseando-nos na teoria dos traços, diria-se que o líder possui algumas características marcantes de personalidade, essenciais para influenciar as pessoas e distingui-lo dos demais indivíduos liderados.
Os estudiosos deste tipo de teoria não correlacionam as características de personalidade do líder com outros aspectos como a eficácia no processo de liderança ou ainda a circunstâncias que poderiam interferir nos resultados. Para estes, quanto à natureza, esses traços do líder, não estariam envolvidos com o meio, mas seriam concebidos como características inatas ou em outras palavras, com "dons" da própria pessoa. Algumas falhas deste tipo de abordagem poderiam ser apontadas como a não ponderação da relatividade de algumas características. Nem todos os traços podem ter igual importância na definição de líder.
Também o fato deste tipo de abordagem não avaliar a influência e reação dos liderados nos resultados do processo de liderança. Outra desvantagem é não fazer distinção do ambiente onde se efetiva o processo, já que em alguns cenários, determinados traços são mais relevantes que outros , e ignorar a situação em que se efetiva liderança. Uma circunstância de emergência, por exemplo, requer um tipo de comportamento, enquanto que uma outra de estabilidade e calma exige outro tipo de procedimento.
Já as teorias de estilo de liderança concentram o seu foco não mais na descoberta do líder ideal, mas no seu aprimoramento, através de aprendizagem e de mudanças de comportamento. Diferente da teoria de traços, não acredita que as características inatas do líder sejam determinantes no processo de liderança, mas a forma como este desenvolve suas habilidades para influenciar as pessoas e obter os resultados esperados delas. O importante neste tipo de abordagem é realizar um tipo de liderança transacional e transformadora, onde o princípio orientador seria de uma ligação entre líder e liderado, resultando numa parceria motivadora e eficaz.
Finalmente, para a teoria situacional , apenas determinadas características de personalidade, certos tipos de liderança ou motivos comportamentais são insuficientes para determinar a eficácia do processo, tanto em relação a qualquer tipo de grupo liderado como aplicado às mais diferentes circunstâncias. O mais importante, segundo este tipo de abordagem seria analisar a liderança dentro de um contexto mais amplo, a partir de outros tipos de variáveis capazes de impactar positiva ou negativamente a relação líder-liderado. Abandonando um pouco os fundamentos simplistas das teorias de traços, as situacionais ou contingenciais, ampliam o espectro de atuação do líder, à medida que traçam possibilidades de ação dentro de um quadro de orientações gerais, cujos princípios podem ser aplicados em diferentes situações, com um grau de flexibilidade bastante grande e levando em conta as demais variáveis dentro do processo, não apenas as características e os estilos.
Apesar de muitas teorias contemporâneas, tentarem definir o processo de liderança de uma forma inovadora, basicamente seus componentes nos remetem a uma desta abordagens. A partir delas é possível compreender-se, em que ponto se situa a ênfase dada ao líder dentro do modelo adotado pela organização.
Por que então, os modelos de competências parecem tão distintos entre si?
Na realidade, quando analisa-se os modelos existentes, percebe-se que as diferenças são apenas superficiais. A maioria utiliza uma terminologia diferente para abordar os mesmos conceitos. Estes modelos estão baseados tanto nos próprios conceitos que as organizações têm sobre liderança, suas expectativas em ter-se de resultados e da ênfase a determinado tipo de metodologia ou abordagem teórica sobre o assunto.
A experiência nos compele a acreditar que não exista uma fórmula única, capaz de ser aplicada a toda e qualquer situação, fornecendo uma solução geral. Para alcançar a eficácia e produtividade, elevando os índices de rentabilidade e lucratividade, é necessário avaliar todas as inúmeras variáveis da realidade objetiva e do cenário organizacional em que se insere o processo de liderança. A compreensão deste processo como um todo, é o que determina as melhores ações a serem empreendidas rumo aos resultados esperados, de maneira eficaz. Sem dúvida, o líder é uma figura importante, mas sozinho, não conduz a organização ao sucesso. Por isso, é de se esperar que as atenções hoje, desloquem-se da pessoa do líder e passem para o processo, para o ambiente e sua dinâmica, onde efetivamente a liderança se desenvolve.
3 CONCEITUANDO CRIATIVIDADE
O interesse pelo estudo da criatividade não é recente, porém o aprofundamento referente a esta temática desenvolveu-se significantemente no últimos anos.
Nos últimos quarenta anos, a criatividade transformou-se em um dos problemas que mais chamaram a atenção, não só dos psicólogos mas também de outros especialistas tais como matemáticos, pedagogos, filósofos, engenheiros, sociólogos, etc.
As exigências da sociedade moderna, o crescente avanço da tecnologia e da ciência e o interesse pelo desenvolvimento das potencialidades humanas tem determinado, entre outros fatores, o interesse pelo tema criatividade.
3.1 A PERSONALIDADE CRIATIVA
Nas primeiras décadas após o incentivo de Guilford à investigação sobre criatividade (1950), surgiram muitos estudos relacionando características de personalidade e realização criativa e marcariam a preocupação com a pessoa criativa. Duas linhas de pesquisa viriam a marcar os trabalhos nesta área: o estudo de correlações entre características de personalidade e produções criativas e o estudo biográfico de criadores eminentes. Atualmente, ainda se produzem investigações sobre a personalidade dos sujeitos criativos e um conjunto de características, como que um núcleo duro, parece resistir consensualmente associado ao indivíduo criativo. Veja-se, então, algumas dessas características.
Em primeiro lugar, pode-se falar na autonomia de atitudes e de comportamentos. As regras ou conhecimentos não são aceites por si, por terem sido transmitidos, instruídos ou valorizados socialmente: no indivíduo criativo, o pensamento e a ação são direcionados por convicções pessoais. Há também maior auto-suficiência. Tais indivíduos não são "o tipo de pessoa que espera que os outros lhe digam o que fazer". Muito próxima dessa característica, surge a autoconfiança. E vários são os trabalhos que insistem na importância desta dimensão
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