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Estudo sobre Descartes, Comte e Popper


Enviado por   •  22 de Mayo de 2017  •  Apuntes  •  1.479 Palabras (6 Páginas)  •  243 Visitas

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Estudo sobre os autores: Renè Descartes, Augusto Comte e Karl Popper

Este trabalho propõe-se a apresentar uma síntese das principais ideias defendidas pelos autores Renè Descartes, Augusto Comte e Karl Popper a partir de algumas de suas obras, no sentido de analisar as implicações de seus posicionamentos teóricos para o desenvolvimento das ciências, articulando esses pressupostos com questões relacionadas à produção do conhecimento em pesquisas desenvolvidas no campo da educação. Tal análise se torna importante diante da necessidade de, como pesquisadores, nos apropriarmos das diferentes perspectivas teóricas que fazem parte da trajetória histórica do conhecimento científico.

Considerando o percurso dos autores aqui mencionados, iniciamos essa abordagem pelas questões que o filósofo, físico e matemático francês Descartes (1596 - 1650) defende em sua obra “Discurso do método” que teve sua primeira publicação em 1637. Cabe esclarecer que essa não foi a primeira obra escrita por ele, pois quando era jovem, redigiu muitas notas sobre diversos assuntos e em 1628 iniciou uma obra sobre os problemas das ciências e do método.  

Retomando, então, nosso intento, salientamos que, para Descartes essa obra não tinha o propósito de ensinar o método que cada um deveria seguir na condução da razão e sim expor sua própria maneira de conduzi-la, como uma história ou mesmo uma fábula. A obra é dividida em seis partes e o autor convida os leitores a fazer a leitura de acordo com essas etapas, caso considerem o texto longo. Aceitamos esse convite para apresentar as ideias de Descartes, realçando algumas de suas ideias demarcadas em cada parte.

Na primeira parte, ele aborda várias considerações sobre a ciência, revelando a sua grande admiração pela matemática devido à condição dessa disciplina conferir certeza e evidência de suas demonstrações. Ele também reverencia a Teologia, e considera a fé uma graça de Deus, concedida por igual a sábios e ignorantes. Quanto à filosofia, a considera nobre mas eivada de controvérsias, o que não lhe assegura uma evidência mais segura.

Considerando a segunda parte, Descartes apresenta as principais regras do método examinadas por ele, direcionadas principalmente para: evitar a precipitação; resolver cada dificuldade a partir do estudo de suas partes; buscar o conhecimento inicialmente pelos objetos mais simples para depois chegar ao conhecimento de questões mais complexas; enumerar e revisar diversas vezes, exaustivamente até a certeza de que nada foi esquecido, omitido ou desconsiderado.  

Quanto à terceira parte, o autor discorre acerca das regras da moral que foram extraídas do método Essencial, colocando em dúvida provisória a verdade da ciência. Descartes se propõe a obedecer as leis, mantendo sua crença de que Deus governa todas as coisas e que sua ação só deve ocorrer diante da certeza dos resultados. O autor ressalta a graça de ter recebido uma educação que o possibilitou escolher a melhor ocupação dentre as diferentes atividades realizadas pelos homens de sua época.

A quarta parte de sua obra destaca os fundamentos da metafísica que ele acreditava, realçando as razões da prova da existência de Deus, pois segundo Descartes, diante da dúvida geral, só há uma certeza: eu penso, logo existo (cogito, ergo sum). Acreditava na existência de um SER PERFEITO (Deus), como condição de que tudo tinha origem Nele, sendo que concebia a alma como separada inteiramente do corpo (dualismo).

Na quinta parte, Descartes apresenta a diferença entre a alma humana e a dos animais, além da explicação sobre o funcionamento do corpo humano. Para sua justificativa, utiliza-se de uma aula de anatomia, onde aproveita para colocar suas questões epistemológicas sobre o funcionamento do cérebro, por exemplo. Cabe destacar que ele compreende o corpo humano na perspectiva da mecânica, entretanto afirma ser moralmente impossível uma máquina assemelhar-se ao ser humano ou mesmo aos animais.

Na última parte, são evidenciadas as razões que o levaram à escrita da obra e o que é necessário para prosseguir a investigação da natureza do que já foi declarado. Descartes assinala a importância de transmitir o conhecimento para outros com a finalidade controlar a natureza e assim melhorar a saúde humana. Solicita a crítica da sociedade de seu tempo para poder analisar e responder melhor, se necessário. Descartes concorda que podem haver oposições aos seus pensamentos e reconhece que são úteis para mostrar seus equívocos, para melhor ser compreendido e para que se acrescentem novas invenções.

Na sequência, abordamos as ideias de Comte (1798 - 1857), filósofo francês, considerado fundador da Sociologia e do Positivismo. Em seu texto “Discurso preliminar sobre o conjunto do positivismo”, publicado em 1848, o autor apresenta as visões sistemáticas sobre o positivismo, caracterizando seus elementos fundamentais, seus apoios necessários e seu complemento essencial.

Para Comte, o pensamento positivista pregava um modelo de sociedade organizada, onde o poder espiritual não teria mais importância. Na obra em questão, o autor afirma que o espírito positivo, que abrange a inteligência, os sentimentos e as ações positivas, é maior e mais importante que a cientificidade, que compreende apenas questões intelectuais. O método positivo caracteriza-se, de modo geral, pela observação dos fenômenos. Sendo assim, para Comte, a ciência tem como finalidade descobrir leis através do método da observação, portanto, a ciência teria início com a observação e seria empírica.

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