ClubEnsayos.com - Ensayos de Calidad, Tareas y Monografias
Buscar

Filosofos analiticos


Enviado por   •  23 de Enero de 2017  •  Ensayos  •  981 Palabras (4 Páginas)  •  115 Visitas

Página 1 de 4

Caros alunos, espero que estejam bem e animados. Acabei de inserir aqui no SIGAA o conteudo programado da cadeira. Os textos que vou estudar com voces estao listados abaixo, juntamente com o link para download:

1. NEURATH, Otto et al. A concepção científica do mundo: O círculo de Viena. https://drive.google.com/file/d/0BwV0pln3pgJpVjdKVVJKcXg0R3c/view?usp=sharing 2.

MARCONDES, Danilo. Filosofia Analítica. https://drive.google.com/file/d/0BwV0pln3pgJpR0p0U3RaTmljZkE/view?usp=sharing 3. PEREIRA, Oswaldo Porchat. Discurso aos Estudantes sobre a Pesquisa em Filosofia.

 https://drive.google.com/file/d/0BwV0pln3pgJpUDdhczhrRldhek0/view?usp=sharing 4. MURCHO, Desiderio. O Futuro da Filosofia.

https://drive.google.com/file/d/0BwV0pln3pgJpdl9fdzMzcE1reEE/view?usp=sharing 5. RECANATI, Francois. Pela Filosofia Analítica.

https://drive.google.com/file/d/0BwV0pln3pgJpTktoeEFaVTdLNWs/view?usp=sharing 6. CARNAP, Rudolf. A Superação da Metafísica pela Análise Lógica da Linguagem.

https://drive.google.com/file/d/0BwV0pln3pgJpa0RmZHZmSHItS2s/view?usp=sharing 7. RUSSELL, Bertrand. Os Problemas da Filosofia (cap. 9).

https://drive.google.com/file/d/0BwV0pln3pgJpaVVnWjhYM3dINGM/view?usp=sharing 8. NAGEL, Thomas. Uma Breve Introdução à Filosofia (Cap. 2)

https://drive.google.com/file/d/0BwV0pln3pgJpVFB6MkNSZW1CTWs/view?usp=sharing 9. GETTIER, Edmund. Crença verdadeira justificada é conhecimento.

https://drive.google.com/file/d/0BwV0pln3pgJpbUZfa0NuRGV0N2c/view?usp=sharing

 No primeiro dia de aula, vamos ter uma discussao mais geral, mas, para facilitar a participacao de voces, queria que lessem o texto 'Filosofos Analiticos', que escrevi para o blog do Nucleo de Estudos de Filosofia Analitica ha algum tempo.

Procurem em: http://nefa-ufc.blogspot.com.br/ Aconselho que baixem logo os textos e comecem a ler. Qualquer duvida sobre o programa, estou a disposicao. Abracos e obrigado pela companhia!

Filósofos Analíticos


Há muitos clichês sobre os filósofos analíticos. Tanto clichês com algum fundamento como clichês sem fundamento nenhum, tanto clichês lisonjeiros como clichês revoltantes. Seja como for, simplesmente não dá para montar com clichês um retrato em que qualquer filósofo analítico se reconheça, e menos ainda um em que qualquer filósofo não analítico se desconheça. Todo filósofo analítico tem a preocupação de se expressar com clareza? Não é verdade. Todo analítico é mais interessado em pensar sobre os problemas da filosofia do que em fazer exegese? Não é verdade. Todo analítico trata os problemas filosóficos como problemas acerca da linguagem? Definitivamente, não é verdade. Mas se não podemos usar esses clichês para identificar analíticos e não analíticos, como podemos fazer isso? Existe algum teste de DNA para analiticidade? Não se “DNA” significa o que normalmente significa (agora falei como um analítico). Ainda assim, quando penso em mim como analítico penso em mim como tendo um tipo de relação de consaguinidade com outros filósofos, um tipo de genealogia filosófica. Na minha formação filosófica, as pessoas que mais me influenciaram ou eram da lógica, ou eram analíticos de carteirinha, ou tinham a ousadia de se expressar de modo inteligível, ou tinham um grande senso de humor. Eu sabia que sob certos aspectos essas pessoas tinham sido como eu em seu período de formação e que foram influenciadas por pessoas que tinham muitas das características que eu admirava nelas. E sabia que essa cadeia de influências continuava ainda por algumas gerações de filósofos adentro, até certo ponto. Essas gerações constituem a minha linhagem, foi delas que herdei meu “DNA analítico”. Bem, uma vez que se aceite que essa herança é o que faz de alguém um filósofo analítico, é possível então reivindicar que há pelo menos um modo de pintar um retrato representativo desse tipo de filósofo. De fato, pode-se mesmo dizer que é possível dar uma definição recursiva de “filósofo analítico”, ainda que seja uma definição aberta. A definição teria duas cláusulas: 1. Frege, Russell e Moore são filósofos analíticos; 2. Dado que B1,..., Bn são filósofos analíticos, se B1,..., Bn são as principais influências filosóficas de A e A é um filósofo, então A é um filósofo analítico. A definição é aberta porque acho que seria um exagero acrescentar a cláusula do fechamento e declarar: “nada mais é um filósofo analítico”. A expressão “principais influências” é um tanto vaga, o que tem vantagens e desvantagens. A vantagem é que, com ela, a definição ganha uma adaptabilidade que os clichês não lhe poderiam dar. Essa adaptabilidade faz do meu retrato do filósofo analítico um retrato abstrato, ou talvez até cubista. A desvantagem é que, com ela, a questão sobre se um filósofo é analítico ou não pode se mostrar bem controversa em alguns casos. Por exemplo, Rorty é analítico? De onde vêm suas principais influências filosóficas? Sabemos que ele cresceu em um antro de analíticos. Mas isso não quer dizer que suas principais influências filosóficas venham de analíticos. A influência que ele recebeu de filósofos continentais com certeza foi muito forte. Eu diria que Rorty não é analítico, embora tenha herdado algumas boas características do lado analítico da sua família. Mas essa é a avaliação que faço com base no que penso serem as principais influências filosóficas de Rorty. Sempre é possível uma avaliação diferente. Essa desvantagem torna a definição na realidade inútil para casos controversos. De qualquer forma, mesmo quando ela é inútil, penso que é correta. No final das contas, o que faz com que um filósofo seja analítico ou não é sua formação. Não é porque um filósofo escreve de forma acessível que ele é analítico, mas é porque um filósofo teve certa formação e recebeu certas influências que ele é analítico e virtualmente escreve sem enrolação. É bom que se diga, porém, que a formação (ou deformação) de um filósofo pode se estender até bem depois de seu doutoramento e, nos casos mais felizes, pode durar até a vida inteira. Assim, não se pode dizer que uma vez analítico, sempre analítico. E o mesmo vale para o não analítico. Sempre é possível que uma nova influência ganhe uma importância inesperada na vida de um filósofo e, graças a ela, ele se torne analítico. É claro que isso depende também de sua disposição para mudanças. Às vezes os hábitos filosóficos de uma pessoa estão de tal forma cristalizados que não lhe permitem nem mesmo mexer a cabeça para ver o que se passa ao redor. Não sei se há remédio para esse tipo de engessamento intelectual. O que eu posso fazer é divulgar textos de analíticos e esperar que eles influenciem alguém. Esse é um dos principais objetivos deste blog.

...

Descargar como (para miembros actualizados)  txt (6.9 Kb)   pdf (111.7 Kb)   docx (13 Kb)  
Leer 3 páginas más »
Disponible sólo en Clubensayos.com