Ação Integralista Brasileira

UNIVERSIDADE DE SOROCABA

HISTÓRIA

JOÃO LUCAS MORAES RIBEIRO

AÇÃO INTEGRALISTA BRASILEIRA (A.I.B) E SUA INFLUÊNCIA NO PERÍODO DE 1945 Á 1964

SOROCABA

2018

UNIVERSIDADE DE SOROCABA

HISTÓRIA

JOÂO LUCAS MORAES RIBEIRO

AÇÃO INTEGRALISTA BRASILEIRA (A.I.B) E SUA INFLUÊNCIA NO PERÍODO DE 1945 Á 1964

Trabalho solicitado pelo professor Wilson Sandano da matéria de prática de pesquisa: projeto, do curso de história da Universidade de Sorocaba.

SOROCABA

2018

SUMÁRIO

1        INTRODUÇÃO        1

2        TEMA        2

2.1        OBJETIVO        2

2.2        JUSTIFICATIVA        3

3        REVISÃO DE LITERATURA        6

4        PROBLEMA 1        6

5        HIPÒTESE 1        6

6        METODOLOGIA        7

7        CONOGRAMA        8

8        REFERÊNCIAS        9

1. INTRODUÇÃO

O integralismo foi um partido e movimento político surgido no Brasil na década de 1930, influenciado pelos ideais e práticas fascistas que se desenvolveram na Europa após o fim da primeira Guerra Mundial. O movimento de extrema-direita foi fundado com o nome de Ação Integralista Brasileira (AIB), em 1932, quando o jornalista Plínio Salgado lançou o Manifesto de Outubro. Até os dias atuais é invocada a liderança de Plínio Salgado nas tendências integralistas que existem, como a Frente Integralista Brasileira (FIB) e o Movimento Integralista e Linearista Brasileiro (MIL-B).

A Ação Integralista Brasileira (A.I.B) teve sua fundação em outubro de 1932, porem antes Plinio Salgado líder do movimento, no mês de fevereiro junta outros grupos nacionalistas e funda a Sociedade de Estudos Políticos (SEP), reunindo diversos intelectuais com o mesmo pensamento nacionalista, e perante a esse sucesso alguns meses depois é fundada a A.I.B. E no dia 07 de outubro do mesmo ano é lançado o Manifesto Integralista, uma nova forma nasce ali, um resumo ideário de uma nova organização que combate ao liberalismo, e rejeita o socialismo.

O A.I.B tem toda uma estrutura hierarquizada, dando ao próprio Plinio Salgado como chefe Nacional, a liderança. Criou-se uma serie de exterioridades, dotando o Movimento de uma Mística profunda e de uma unidade inquebrantável: com sua Sigma que é um símbolo matemático que indica o projeto de um Estado Único e integral, e também a soma dos números infinitamente pequenos e também o nome da Estrela Polar do Hemisfério Sul, uma referência de usa origem, tem o lema Deus (que dirige o destinos dos povos), Pátria (nosso lar) e Família (Início e fim de todos), ainda nessas características de um perfeito integralista eles têm sua saudação anauê; Palavra de origem Tupi que em sua tradução significa “Você é meu parente” que tinham dois modos de tons para o saúdo quando coletivos com voz clara e decidida e individualmente de forma natural, e seu líder (Salgado) era saudado com três anauê. Sua bandeira tinha as cores azul e branco simbolizando o azul a atitude integralista: evocando distancias, indica que o movimento não tem limites políticos, o brando sugere pureza e sentimentos e sendo a mistura de todas as cores e sua insigne dentro simboliza o objetivo da união integral do pais. Suas vestes também tinham as regras, sendo o verde inglês em camisas, preto em suas gravatas, e mais verde em seus gorros de duas pontas, e as calças pretas ou brancas porem o integralista rural podia usar o caqui, as mulheres usavam a mesma camisa e saia preta ou branca.

Tinham o seu hino, que foi escrita por Salgado, e o gesto que era considerado uma expressão do ideal integralista, era feito com o braço direito estendido, era erguido bruscamente pela frente até a posição vertical. O Integralismo tinha como objetivo a formação de um homem comprometido com Deus e a Pátria e com a Família, Até as cerimonias religiosas, como casamento, enterro e batizados tinham suas normas como, por exemplo, em casamentos apenas as noivas dispensavam o uniforme.

O primeiro ato público do A.I.B foi uma marcha ocorrida em São Paulo em 1933, certa de 40 mil integrantes marchavam nas ruas para o lançamento de Miguel Reale como candidato á Assembleia Constituinte de 1934.

Nas eleições de 1936 foram eleitos pela ação cerca de 500 vereados, 20 prefeitos e quatro deputados estaduais, ao total 250 mil votos. Nada comparável aos números do fascismo e do nazismo na Europa, mas relevante no contexto político brasileiro. 

Neste projeto tento estudar além da estrutura do movimento, busco entender como mesmo depois do fim da guerra o líder Plínio Salgado se candidatou a presidência e obteve certa de 700 mil votos.

Para poder entender melhor esse movimento usarei como fonte o informativo Ação, uma espécie de revista disponibilizada pelo site do próprio movimento que ainda tem membros ativos, e ainda está aberto para novos filiados, é importante entender esse movimento com base os próprios integralistas, além desses informativos usos livros relacionados a pesquisa sobre esse partido fascista e de como ele sobreviveu depois da Segunda Guerra Mundial.

1. TEMA

Ação Integralista Brasileira (A.I.B) e sua influência no período de 1945 a 1964.

1. OBJETIVO

Mostrar como um movimento “filhote” do nazismo claramente com ideias fascistas conseguiu mais de 100.000 eleitores mesmo depois da Segunda Guerra Mundial, ou seja, depois da queda de Hitler.

1.  JUSTIFICATIVA

O Integralismo dos anos 1930 parecia completamente sepultado com o fim da segunda guerra mundial (1945), a derrota dos nazistas que refletia uma ideologia em sua “versão” brasileira, porém havia uma grande esperança de avanço a democracia e das suas liberdades então nesse contexto sob a liderança de Plinio Salgado que os integralistas ainda fiéis ao movimento esconderam seu passado fascista e começaram a se apresentar como defensores da democracia, obviamente uma encenação.

Mesmo assim conseguiram voltar ao cenário político e constituir um partido e várias outras organizações. Acabaram influenciando a política brasileira e divulgando seu projeto conservador, autoritário e anticomunista.

E em 1945 eis que surge a nova cara do A.I.B de uma forma mais “democrata”; Partido de Representação Popular (P.R.P) partido que durante 20 anos participou e elegeu de todas as eleições de seu tempo de vida, elegendo senadores, deputados, prefeitos e vereadores. O PRP chegou a contar com dezenas de milhares de adeptos, permitindo que constituísse na maioria dos municípios do país

A medida que eles seguiram para conquistar tantos eleitores foi a pregação anticomunista, já que no contexto internacional de Guerra Fria era comum a possível invasão da união soviética no Brasil e foi desse contexto que o partido centrou fogo no combate ao comunismo, os integralistas se identificavam como grandes inimigos e que só eles podiam enfrenta-los.

Nas eleições parlamentares, o PRP obtinha, em certa 3% dos votos, uma média em torno de 300 mil votos, era o que bastava para eleger alguns deputados. E seus eleitores eram na sua maioria da classe média: pequenos proprietários rurais, comerciantes e profissionais liberais. Em alguns munícipios o partido era o principal em eleições de prefeito e vereadores, gerando assim interesses em outros partidos que queriam eleger um outro candidato nas eleições estaduais, então o PRP na maioria das vezes, fez coligações apoiando candidatos de outros partidos, obtendo em troca, cargos importantes em seus governos. Para fazer essas alianças, os integralistas exigiam que os partidos aliados declarassem que sua doutrina era “democrática”.

Dessa forma o PRP contribuiu para eleger candidatos de outros partidos que não tinham a ver com o integralismo nessa forma de trocas o PRP elegeu o trabalhista Leoleo Brizola, Governador do Rio Grande do Sul pelo PTB em 1958; o liberal Lomanto Junior, Governador da Bahia pela UND em 1962; o conservador Ildo Meneguetti, eleito governador do Rio Grande do Sul pelo PSD em 1962; e os pessepistas Lucas Nogueira Garcez, em 1950, e Adhemar de Barros, em1962, Governadores de São Paulo, o PRP também teve participação nas eleições de Juscelino Kubitschek (1956/1960). Jânio Quadros (1961) e dos primeiros meses de João Goulart (1961-1964) e em todos eles ocuparam a presidência do Instituto Nacional de Imigração e Colonização (Inic) responsável pela política agraria e pelo estabelecimento de núcleos colonização.

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