Relatório do filme “Germinal”

Relatório do filme “Germinal”

Prof. João Rodolpho

O filme parte do contexto histórico no século XIX, na França e relata a época social, econômica, política e cultural no país que antecederam a revolução industrial.

A maior parte dos trabalhadores utilizavam o trabalho manual e para se adaptarem ás novas condições ficavam “presos” aos donos do meio de produção e vendiam sua força de trabalho para poderem sobreviver.

O desasseio e miséria tomavam conta do ambiente dos menos favorecidos, a bebida e a comida malconservada faziam com que as pessoas principalmente crianças, tivessem problemas intestinais como cólicas e afins. Mas há também, pouco dinheiro para conseguir esses alimentos, e as mulheres tinham que se render a favores sexuais aos comerciantes, para poderem levar um pouco de comida para a casa.

O trabalho no filme eram as minas, onde as pessoas começavam a trabalhar ainda crianças, e com o trabalho pesado que os debilitava, principalmente pelas intoxicações.

As condições de trabalho são degradantes, os trabalhadores são explorados constantemente trabalham mais de doze horas por dia, não havia segurança se houvesse qualquer acidente de trabalho não haveria retaliações por parte dos patrões, e se ocorressem mortes ocasionadas por esses acidentes, seriam feitas novas contratações.

.Os donos das minas, estavam somente preocupados com a economia, a política que estava atrapalhando seus lucros e com o surgimento de greves.

No filme há um personagem mais reivindicador, que orienta os outros trabalhadores a lutarem por condições melhores de trabalho e aumento de salário. Há uma certa relutância entre eles, mas é aceita a proposta de greve.

Há também uma tentativa de conversa entre um dono das minas e o trabalhador, mas o primeiro desconversa e tenta enfraquecer a ideia de uma reivindicação e se a greve acontecer haverá demissões.

Alguns trabalhadores por temerem o desemprego e a fome, desistem; mas alguns mais fervorosos vão em frente e há destruição de fábricas e equipamentos das minas, ateiam fogo, quebram lojas. Há muito conflito entre trabalhadores de várias minas.

Esses três acontecimentos mostram o surgimento do que seriam os sindicalismos e o anarquismo, que tomariam forças nos anos posteriores.

O trabalhador mais antigo e respeitado acaba falecendo em meio a greve. O movimento perde força. A necessidade de sobreviver faz com que, muitos que reivindicaram voltem a trabalhar, sob toda aquela precariedade de antes.

Para os burgueses nada muda pois mantêm suas mercadorias, sua força de trabalho que está na ativa novamente.

O contraste entre os donos, ricos, e os trabalhadores, pobres, é evidente. Comida em abundancia, limpeza e luxo fazem parte desse mundo dos burgueses obtidos pelos negócios capitalistas. Há quem tente amenizar a vida desses miseráveis, mas nada faz de substancial.

A construção da revolução industrial foi de um processo longo, iniciado ainda no século XVI, onde o comércio europeu era “divulgado” por negócios capitalistas, que motivou a revolução comercial que tem continuidade entre os séculos XVIII até o século XX.

Os conflitos populares decorrentes desse sistema econômico, o capitalismo, tem por motivos as injustiças e explorações que a mão de obra trabalhadora sofre, que incluía mulheres e crianças. Onde não tinham segurança e direitos trabalhistas.

Os trabalhadores mais atentos à essas situações abriam questionamentos e iniciavam revoltas para combater tais desigualdades.

O filme aborda muito bem esse sistema econômico, seu funcionamento e mazelas. O início da conscientização do trabalhador em tentar uma mudança, o começo de ideias e movimentos que se espalharam por toda Europa posteriormente, o cotidiano e costumes dos franceses nesse século independente da sua classe econômica.

O crescimento de uma maturidade em querer mudanças sociais, igualá-las é como um processo de gestação e é o que dá origem ao nome do filme.

Fontes:

Textos:  “Germinal – trabalhadores despertos”

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