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Dialogo de Mercurio y Caron


Enviado por   •  16 de Enero de 2016  •  Trabajos  •  603 Palabras (3 Páginas)  •  272 Visitas

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Breve introdução sobre o autor e contexto histórico:

Autor:

Alfonso de Valdés

O autor da obra é Alfonso de Valdés natural de  Cuenca (Espanha) e nasceu em 1490.

Foi um humanista espanhol autodidata, com muita influência política, visto que desde muito jovem pertencia ao ministério das relações exteriores imperiais e aliou-se a Carlos I de Espanha, ocupando o cargo de seu secretário e latinista oficial.

Ele e o seu irmão gémeo caracterizavam-se por serem entusiastas e adeptos incondicionais do contemporâneo Erasmo. Que defendia a libertação da criatividade e da vontade do ser humano, que ia de encontro ao pensamento escolástico, segundo o qual todas as questões terrenas tinham resposta na doutrina religiosa. 

Mas o ponto mais crucial do seu percurso foi a sua tentativa de conciliar o humanismo do pensador holandês com o projeto de monarquia universal cristã presente na política de Carlos I.

Contexto histórico

O Renascimento, e em particular o Renascimento espanhol, foi uma época de amplia afluência de ideias. Na Europa começaram-se a consciencializar  de outros modos de ver a religião, economia, política e da vida em geral.

Um acontecimento que teve grande impacto no Renascimento e influenciou a criação de muitas obras foi o “Saque de Roma”, em 1527, onde as tropas de Carlos I arrasaram a cidade.

Este acontecimento teve um grande impacto no Renascimento e influenciou a criação de muitas obras.

O autor Alfonso de Valdés descreve o rei Carlos I, como um homem sem espírito bélico, com ideais de homem de província que cujo objetivo era castigar todos aqueles que não cumpriam com a corte papal.

Foi assim que surgiram duas das suas mais famosas obras:  “Diálogo de Lactancio y un arcediano” e o “ Diálogo de Mercurio y Carón”. São obras distintas uma da outra, mas existe um paralelismo entre ambas: o propósito político.

Resumo do argumento: 

O tema principal de “Diálogo de Mercurio y Carón” é a inutilidade dos rituais cristãos estabelecidos pela igreja para alcançar a salvação, porque os hábitos do bom cristão são os que o levam à vida eterna. (doutrina de Erasmo), de Lutero.

A obra tem uma estrutura cerrada, quem abre e encerra as cenas é Mercurio, deus romano e mensageiro, e Carón o barqueiro que no seu bote passava as almas da terra dos vivos para a dos defuntos.

Sempre em discuro directo, Mercurio e Carón falam do busílis do tema, que é a rivalidade entre Carlos, Francisco I e Enrique .

O objectivo de Alfonso com esta obra é simplesmente político e podemos verificar isso no exordio.

A obra é formada por perguntas e respostas e divide-se em duas partes: primeiro é a vez das ánimas (almas) condenadas,  

Existem 12 ánimas más e 6 boas, que na maior parte se confrontam e revelam as maldades e hipocrisias dos condenados.

Na segunda temos o Diálogo de Mercurio y Carón, onde se fala do porquê de os condenados serem salvos.

Mercurio y Carón nunca se enfrentam discursivamente, porque Carón limita-se a assumir uma função passiva, de ouvinte do que diz o outro.

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