ARTIGO CIENTÍFICO
andremono18 de Octubre de 2014
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ARTIGO CIENTÍFICO
Tratamentos em Estrias: um levantamento teórico da microdermoabrasão e do
peeling químico.
Cíntia Netto do Amaral1 – Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale
do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina.
Joziana Cristina Weiss Benites2 - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade
do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina.
e Estética da Universidade do Vale do Itajaí,– UNIVALI,Balneário Camboriú Santa Catarina.
Especialista em Fisioterapia Dermato Funcional, especialista em Morfofisiologia do Exercício.
Priscilla Motta Correa3 - Orientadora. Fisioterapeuta, Professora do Curso de Cosmetologia
Clarissa Medeiros da Luz Bertoldi4 - Co-orientadora. Professora do Curso de Cosmetologia
– UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina.e Estética da Universidade do Vale do Itajaí
Fisioterapeuta Dermato Funcional, Mestre em Nutrição, doutoranda em Medicina Preventiva.
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cintia_netto@hotmail.com
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RESUMO
A concepção tecnológica reúne conhecimentos específicos e recursos para correção de
distúrbios estéticos revigorando e acentuando resultados positivamente satisfatórios na
percepção dos profissionais assim como dos clientes que dela se utilizam. Um distúrbio
relevante e presente na maioria da população, que ocasiona insatisfação principalmente em
mulheres, é a estria, considerada atrofias lineares com características a priori avermelhadas
e posteriori esbranquiçadas e abrilhantadas. Raras ou numerosas dispõem-se paralelamente
umas as outras, e perpendicularmente, as linhas de fenda da pele, indicando um
desequilíbrio elástico localizado, caracterizando uma lesão de pele. A estria é um problema
que aparentemente não tem solução, porém existem tratamentos alternativos que suavizam
as linhas recentes e antigas que deformam a pele. Esse estudo tem como objetivo realizar
uma revisão bibliográfica dos procedimentos de microdermoabrasão e do peeling químico
regulamentado para o uso de esteticista nos tratamentos de estrias. Primeiramente descreve-
se o uso da microdermoabrasão para retirada do excesso de capa córnea, com a finalidade
de obter uma melhor penetração do peeling químico com alfa-hidróxiacidos que
conseqüentemente gera uma inflamação no tecido dérmico e posteriormente a
reorganização das fibras de colágeno e elastina que promovem um melhor aspecto nas
estrias.
Palavras-chave: tratamento para estrias, peeling, procedimento estético.
1.0 INTRODUÇÃO
Segundo Maio (2004) define-se pele como um tecido de origem endotérmico,
constituído por três camadas distintas: epiderme, derme e hipoderme, que constituem
barreiras contra agressões exógenas e impede a passagem de água e proteínas para o meio
exterior, a qual age como um órgão sensorial e participa do sistema imunológico.
Dentre essas camadas, derme é a camada mais complexa, composta de tecido
conjuntivo, fibras elásticas e proteínas fibrosas, cuja principal função é sustentar dar força e
elasticidade à pele (NOGUEIRA, 2007). Além destas estruturas, também são encontradas
células de defesa como macrófagos que auxiliam na regeneração dos tecidos e também
células adiposas (GRANJEIRO, et al., 2007).
De acordo com Guirro e Guirro, (2002) as fibras elásticas são os alvos iniciais de
formação das estrias, onde se inicia um processo de granulação de mastócitos e ativação
macrófica, que intensificam a elastólise no tecido. Segundo Maio, (2004) as mudanças nas
estruturas que são responsáveis pela força tênsil e a elasticidade, geram um afinamento do
tecido conectivo que aliado a maiores tensões sobre a pele, produzem estriações cutâneas
denominadas como estrias.
As estrias são definidas como um processo degenerativo cutâneo, benigno,
caracterizada por lesões atróficas ocorrendo em trajeto linear, onde variam de coloração de
acordo com sua fase evolutiva (MAIO, 2004).
Elas podem ser classificadas em: rosadas, com aspecto inflamatório, atróficas, com
aspecto cicatricial, porém ainda possuindo fibras elásticas e as nacaradas, desprovidas de
seus anexos com suas fibras rompidas. (KEDE, SABATOVICH, 2004).
Existem tratamentos que visam minimizar essas estrias e neste artigo encontram-se
dois deles, os quais são regulamentados para profissionais esteticistas: microdermoabrasão
e o peeling químico, técnicas as quais realizam uma diminuição da capa córnea a fim de
proporcionar uma melhor penetração de substâncias como os ácidos para gerar um novo
aspecto á pele de modo efetivo, sem risco de maiores danos ao tecido, se adequados às
normas descritas por órgãos competentes.
De acordo com Nardin e Guterres, (1999), é de suma importância salientar a relação
das questões de regulamentação dos procedimentos realizados por profissionais da área
estética, obedecendo aos padrões descritos por norma da Revisão de Ingredientes
Cosméticos (CIR), e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Este trabalho tem como objetivo explanar estes procedimentos descritos através de
uma revisão bibliográfica.
2.0 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Pele
A pele é um órgão dinâmico que contém tecidos, tipos celulares e estruturas
especializadas. Sendo este um dos maiores e mais versáteis órgãos, que proporciona
diversas funções singulares como: proteção contra elementos da natureza, lesões mecânicas
e químicas, invasões de agentes infecciosos, prevenção contra dessecação, termoregulação
e regeneração tecidual a qual é importante para o resultado no tratamento das estrias
(NASCIMENTO, et al, 2007).
A regeneração é um processo complexo, porém essencial a qual o corpo seria
incapaz de sobreviver, envolve ações integradas das células, matriz extracelular e
mensageiros químicos que visam restaurar a integridade do tecido lesionado o mais rápido
possível. Nela ocorre uma série de eventos complexos envolvendo células originárias do
tecido vascular e conjuntivo para o lugar da lesão conforme Nascimento, et al, (2007).
Um manto de revestimento do organismo, a pele, é indispensável à vida, a qual isola
os componentes orgânicos do meio exterior, constituído de uma complexa estrutura, de
modo a adequar-se harmonicamente ao desempenho de suas funções (LIMA, PRESSI,
2005).
Apresenta-se por uma porção epitelial de origem endotérmica, a epiderme, e uma
porção conjuntiva de origem mesodérmica, conhecida como derme (Junqueira, Carneiro,
1995). A qual é o local de maior comprometimento na distensibilidade cutânea e também
responsável por alterações como lesões atróficas. (MORAES, et al, 2000).
Dentre as camadas descritas, a derme é a camada mais complexa e importante,
compostas de tecido conjuntivo, onde existem diversas moléculas, células de defesa e um
emaranhado de fibras, onde sua principal função é sustentar, dar força e elasticidade à pele.
(NOGUEIRA, 2007).
De acordo com Dângelo e Fattini, (1998) a derme divide-se em camadas, onde se
destacam a camada papilar, mais superficial com fibras colágenas finas, e substância
fundamental amorfa em abundância, a delgada mais vascularizada é disposta em torno dos
anexos cutâneos, ela juntamente com derme papilar é denominada derme adventicial. Já a
reticular a qual se encontra mais profunda, é mais espessa e menos vascularizada, é
composta de feixes colágenos mais espessos, dispostos paralelamente á epiderme.
As fibras de colágeno podem ser encontradas na derme papilar, reticular, bem como
nas traves septais da hipoderme, membranas basais e na derme reticular média,
mergulhadas em material amorfo da matriz extra celular localizada na derme, são elas as
responsáveis pela elasticidade da pele (VIEIRA, 2006).
A qualidade do tecido depende da qualidade inerente às fibras, de sua orientação, de
seu agrupamento em rede e de sua relação com o meio intersticial, com estas características
em desarmonia a elasticidade do tecido estará comprometida, assim poderá ocasionar o
aparecimento de estrias (VIEIRA, 2006).
2.2 Elasticidade do tecido
A elasticidade dos tecidos é de fundamental importância para o homem em vários
órgãos inclusive a pele, que responde consecutivamente á solicitações fisiológicas e
patológicas no decorrer de sua vida, devido principalmente á presença de fibras elásticas no
tecido. (MORAES, et al, 2000).
Esta fibra pode ser determinada pela orientação das linhas de fenda, ou linhas de
Langer, linhas que determinam a orientação das fibras no tecido. A tensão da elasticidade
varia de direção conforme a região do corpo, e isto se deve à variação da direção
...