Historia Da Física
Sergiofc16 de Mayo de 2014
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A HISTÓRIA DA FÍSICA
O LIVRO DO UNIVERSO
A física é a ciência fundamental que constitui a base para todas as outras, a ferramenta com a qual ex¬ploramos a realidade.
O nascimento da Física
Antes do desenvolvimento do método ex¬perimental, os primeiros cientistas ou os "filósofos naturais", como eram chamados
aplicaram a razão ao que viam em volta de¬les e chegaram a teorias para explicar suas obser¬vações.
Os poucos que pen¬savam diferente eram muitas vezes ridicularizados ou mesmo perseguidos.
Os gre¬gos antigos são as primeiras pessoas que conhecemos que tentaram substituir as explicações místicas e supersticiosas por outras, baseadas na observação e na razão.
Aristóteles seguiu uma trajetória dedutiva acreditando que apenas a razão não bastava para permitir que a humanidade desvendasse os misterios do universo. Ele acreditava no "raciocínio indutivo", ou seja, a lógica que funcionava a partir da observação do mundo. Ele iniciou um mé¬todo científico
O brilhante Ibn al-Hassan Ibn al-Haytham (965-1039) desenvolveuum procedimento parecido ao método ex¬perimental moderno.
Ele começava pelo enunciado de um pro¬blema, depois testava sua hipótese por meio de experimentos, interpretava os resultados e chegava a uma conclusão. Ele adotou uma atitude cética e questionadora, e reconhecia a necessidade de um sistema de medidas e investigação controlado rigorosamente
No entanto questionar o mundo passou a ser visto como uma blasfémia. A ciência árabe e os trabalhos, de Aris¬tóteles fluíram para a Europa traduzidos para o latim no início da Idade Média
Roger Ba¬con (c. 1210-c.1292) visava particularmente a Aristóteles, cujas ideias em muitas áreas eram aceitas como verdade bíblica, reco¬mendando que as conclusões de Aristóteles fossem testadas.
Bacon seguia como padrão a formulação de uma hipótese com base em observações e a execução de um experimento para testar a hipótese.
Francis Bacon (1561-1626) acreditava que os resultados de expe¬rimentos pudessem ajudar a discernir teo¬rias conflitantes e ajudar a humanidade a se aproximar da verdade. Ele defendia o racio¬cínio indutivo como a base do pensamento científico.
Embora Bacon fosse o primeiro a formu¬lar o método, uma abordagem semelhante à experimentação já tinha sido adotada por Galileu. Galileu foi um grande proponente do raciocínio indutivo, percebendo que a evidência empírica de um mundo comple¬xo nunca corresponderia à pureza da teoria.
O interesse crescente pela ciência deu ori¬gem a sociedades científicas espalhadas pela Europa a partir do século 17.
A primeira delas foi a Accademia dei Lincei, formada por Federico Cesi, um rico florentino com grande interesse pela ciência.
Foi sucedida pela Academia de Experimento em Florença, fundada em 1657, na época o centro de desenvolvimento científico mudouse da Itália para a Inglaterra, França, Alemanha, Bélgica e Países Baixos.
A maior das sociedades científicas foi a Royai Society of London (Sociedade Real de Londres). Fundada em 1660 foi Robert Hooke (1635-1703) sue primeiro curador de experimentos.
A Royai Society seguiuse rapidamente a Académie des Sciences em Paris no ano de 1666.
A melhor ferramenta científica o cérebro
Aristóteles chegou a modelos para a natureza da maté¬ria e o comportamento de corpos em dife¬rentes condições que funcionavam de acor¬do com o que já se conhecia.
Albert Einstein (1879-1955) revolucionou a Física e a visão cientí¬fica do universo usando apenas caneta e pa¬pel.
Ao contrário de Aristóteles, e seguindo uma prática iniciada por New¬ton em 1687, Einstein fez uso rigoroso da matemática para apoiar seus argumentos e mostrar que seu sistema funcionava com o que já era conhecido.
São a inventividade e a curiosidade dos seres humanos que impulsionam o pro¬gresso.
MATERIA
O primeiro físico?
As origens da "filosofia natural" - ou da ciência, como a chamamos hoje - prova¬velmente residem, como é comum na cul¬tura ocidental, na Atenas antiga.
A primeira pessoa a quem podemos chamar de físico é Anaxágoras, que viveu no século 5 a.C. Anaxágoras buscou uma visão do universo material em que a superstição ou a intervenção divina não tivessem nenhum papel.
Para Anaxágoras, o aspecto essencial do mundo natural era a mudança. A matéria, dizia ele, não podia existir do nada e nem parar de existir. Ele afirmava que toda ma¬téria era composta
ide substâncias básicas, que qualquer porção de matéria
continha todas as propriedades (ou materiais) possíveis. Isso significa que ela deve se dividir infinitamen¬te.
Anaxágoras tinha um ingrediente adicional para juntar que era a inteli¬gência, ou nous.
Ele não acreditava que a inte¬ligência estivesse presente em toda matéria, mas apenas em coisas animadas.
Anaxágoras concebeu um modelo em que a matéria não podia ser criada nem destruída, mas no qual a mutabilidade do mundo à nos¬sa volta é explicada transformando-se a maté¬ria ao longo do tempo.
Partes indivisíveis
A palavra átomo vem do termo do grego clássico "átomos", que significa inseparável ou indivisível. A sugestão de que tudo é fei¬to de partículas minúsculas indivisíveis tem suas origens no século 5 a.C. com o trabalho de Leucipo, e depois com seu aluno Demó¬crito.
0 atomismo sustenta que o universo abrange matéria formada de partículas minúsculas, indivisíveis, existen¬tes num vazio. Os átomos de qualquer subs¬tância são do mesmo tamanho e formato, e feitos do mesmo material. Para os atomistas a matéria existia em um vácuo.
Demócrito (ou Leucipo) foi o primeiro a postular o vácuo, embora a ne¬cessidade de um vácuo fosse evidente para a matéria se mover: em um universo cheio de matéria, cada parte de espaço já estaria ocu¬pada de modo que não pudesse ser ocupada por algo mais que se movesse dentro dele.
Empédocles (c. 490-C.430 a.C.) ensinava que tudo é formado por quatro "princípios" terra, água, fogo e ar. Esse modelo foi retra-balhado e defendido por Aristóteles, talvez o maior e mais influente pensador da histó¬ria do ocidente.
Platão renomeou os quatro "elementos principais" e Aristóteles usou esse termo. Cada elemento é caracterizado por duas pro¬priedades dos contrários naturais quente-frio e úmido-seco. Logo, a terra é fria e seca, a água é fria e úmida, o ar é quente e úmido, e o fogo é quente e seco.
Uma vez que um elemento está em seu lugar natural, ele não se moverá a não ser que algo cause esse mo¬vimento.
Além dos quatro elementos, existe um quinto elemento muito diferente (ou "quin¬tessência"), chamado "éter".
Foi á ideia preferida por Em¬pédocles, Platão e Aristóteles, de um mundo formado de quatro elementos, que acabou sendo mais aceita.
Enquanto os atomistas afirmavam que o vazio permitia que a matéria mudasse, Aristóteles afirmou que todas as mudanças ocorrem como transformação entre os esta¬dos.
Os filósofos indianos também sugeriram que a matéria pode ser composta de partículas minúsculas
o filósofo indiano Kanada (Kashyapa) pode ter vivido no século VI ou no século II a.C.
A teoria dos átomos de Kanada com¬plementou a teoria elementar uma vez que ele propôs cinco tipos diferentes de átomo, um para cada um dos cinco elementos que compunha o modelo indiano da matéria -fogo, água, terra, ar e éter, o mesmo que no modelo de Aristóteles.
A variedade e as propriedades di¬ferentes da matéria respondem pelas com¬binações e proporções diversas dos cinco tipos de paramanu.
Em quanto ao Islâm havia duas formas principais de atomismo, uma mais próxima do pensamento indiano e a ou¬tra, do aristotélico.
Dos cospúsculos de volta para os átomos
Pierre Gassendi propôs uma vi¬são cética do mundo em que tudo o que acontecia se dava por causa do movimento e da interação de partículas minutas que se¬guiam as leis naturais. Ele pensava que as propriedades da matéria fossem produzidas pelas formas dos átomos, que os átomos podiam se juntar em moléculas e que eles existiam em um vazio enorme, de modo que a maior parte da matéria fosse, na verdade, não matéria.
Robert Boyle em 1661 publicou THE SCEPTICAL CHYMIST, descrevendo um universo for¬mado totalmente por átomos e aglomerados de átomos, todos em movimento contínuo. Boyle propôs que todos os fenómenos são resultado de colisões entre átomos em mo¬vimento, e fez um apelo aos químicos para , que investigassem elementos, pois ele sus¬peitava da existência de mais elementos do que os quatro identificados por Aristóteles
Idade da Razão
É o nome dado em geral ao período que começa por volta de 1600 quando o clima filosófico da Europa e das novas colónias na América era de confiança no esforço humano.
A filosofia do período às vezes é dividida em dois campos, racionalista e empiricista. Os racionalistas mantinham que a razão era a via para o conhecimento, enquanto os em-piricistas defendiam a observação do mun¬do à nossa volta.
Físicos do sécu¬lo XVII deduziram modelos da estrutura da matéria a partir da observação das proprie¬dades e do comportamento de substâncias.
Embora na teoria os microscópios pudessem revelar tais estruturas, eles só passaram a ser usados comumente na segunda metade do século XVII; mesmo assim, eram mais usa¬dos em estudos biológicos.
Em
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