A pedagogia na idade media
SYLVIE7716010 de Junio de 2012
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Índice
Introdução ------------------------------------------------------------------------------------------------------3
O contexto--------------------------------------------------------------------------------------------------------3
A importância do Cristianismo -------------------------------------------------------------------------------4
A cultura medieval --------------------------------------------------------------------------------------------4
As invasões ------------------------------------------------------------------------------------------------------5
A cidade ---------------------------------------------------------------------------------------------------------5
A criança e a familia ------------------------------------------------------------------------------------------6
O ensino ---------------------------------------------------------------------------------------------------------7
O cavaleiro ----------------------------------------------------------------------------------------------------10
Conclusão -----------------------------------------------------------------------------------------------------10
Bibliografia ----------------------------------------------------------------------------------------------------11
Introdução
Ao longo dos dez séculos da Idade Média, muita coisa mudou. Após um período de regressão, aos poucos o homem medieval foi avançando, alterando a sua maneira de ver o mundo e de estar nele. Mas manteve sempre a necessidade de transmissão do saber as gerações mais jovens e foi evoluindo também neste sentido, de forma a deixar cada vez mais presente a sua contribuição.
O contexto
A Idade Média abrange mais ao menos dez séculos, tendo nascido das ruínas do mundo romano e acabando no inicio do Renascimento, ou seja do V ao XV século. Esta divide – se em dois períodos, a Alta Idade Média e a Baixa Idade Média.
A Alta Idade Média corresponde a um período que vai de 476 até ao fim do ano 1000. Esta caracteriza – se pela transição do esclavagismo Romano para a relação de servidão feudal. O Feudalismo é um modo de organização social e politico baseado nas relações de servo. Em troca de protecção militar, da permissão do uso da terra, os camponeses juravam fidelidade e vassalagem ao Senhor, prestando-lhes serviços e pagando-lhes diversos tributos. As propriedades Feudais pertenciam a uma camada privilegiada, tais como Clérigos ou Aristocratas. A produção Feudal, tinha por base a economia agrária, havia escassez de circulação monetária e devido ao carácter explorador desse sistema, o servo não se sentia estimulado a aumentar a produção, nem nos avanços, uma vez que tudo o que produziam era levado pelo Senhor. Uma sociedade hierarquizada por ordens, o Clero, os Nobres e os Servos, onde as possibilidades de ascensão por parte dos servos era quase nula. Todo o modo de vida era profundamente influenciado pelo Cristianismo, cuja Igreja impunha a ordem e ditava as regras.
A Baixa Idade Média, estende – se do Século XI ao século XV e corresponde a um período de decadência do Feudalismo e ao fim das invasões. Com o surgimento de novas formas de cultivo, de utilização dos animais e utensílios, existiu um aumento de colheita. Sobreveio dessa forma a necessidade de comercializar o excedente produzido. Com a venda dos produtos, os camponeses puderam comprar as suas terras, deixando assim de cumprir as obrigações dos Senhores. Muitos passaram a ser comerciantes ou a viver em Burgos. A Baixa Idade Media é assim o período do desenvolvimento das cidades, do comércio e de uma sociedade mais dinâmica. O aparecimento do Burguês, individualista, produtivo, independente, vai alterar e fazer avançar os modos de pensamentos.
A importância do Cristianismo
Giotto DI BONDONE
Saint François d'Assise recevant les stigmates
Vers 1295-1300 – musée du Louvre
O Cristianismo propagou – se ao longo da Idade Media por toda a Europa, passando esta a estar unificada pela religião. Todo o pensamento era regulado em função da doutrina cristã, dos seus princípios, valores e normas. Os homens deviam pensar, agir e viver segundo os valores que correspondiam a vontade de Deus.
Os ideais cristãos eram difundidos mediante a palavra dos representantes da Igreja, mas também por outras formas. Pois devido ao analfabetismo, a Igreja dava às imagens uma grande importância, servindo – se delas para informar e formar o povo. Sendo assim a pintura medieval era dominada por temas religiosos, representavam Santos, Divindades e através destas os pintores transmitiam mensagens de moralidade, de bons comportamentos. Estes temas religiosos podiam ser representados em quadros, murais e vitrais. Apesar de no inicio da Idade Media, a Igreja ter se mostrado contra o teatro, esta aos poucos vai utilizar nos seus ofícios religiosos representações de cenas da Bíblia (da criação a crucificação). A palavra também era propagada mediante poesias religiosas ou através da música sacra, tais como o Canto Gregoriano, oração cantada durante os ofícios religiosos e que contribuíam para a educação e promoção das virtudes cristãs.
A Cultura medieval
As musicas populares ou poesias Trovadorescas eram compostas por Trovadores e cantadas por Menestrel. Elas eram inspiradas em temas românticos ou nos feitos heróicos dos cavaleiros. Por exemplo as “Chanson de Geste” no século XII, eram um manual das qualidades e virtudes que um cavaleiro cristão devia por em prática. A “Chanson de Roland” retratava a batalha de Roncesvalles (onde Carlos Magno tinha sofrido uma derrota) e as aventuras de Roland e Olivier. Esta batalha era contada por bardos nas praças até que um monge da Abadia de Clunny deu forma a estas versões criando assim a Canção de Roland.
Ao mesmo tempo que o teatro religioso, também se desenvolve o teatro profano. Este é mais sarcástico, retrata dramas populares, os defeitos do homem, a morte, educando assim, de forma informal, segundo determinados modelos e inculcando os comportamentos a seguir.
As invasões
Os cavaleiros Árabes foram agentes activos de difusão de saberes. Pois a civilização Árabe desenvolveu grandes conhecimentos científicos (álgebra, numeração árabe, trigonometria, astronomia, química, cirurgia, medicina…) que foram divulgados na Europa. Pois com as invasões a Espanha tornou se rapidamente num centro do conhecimento, onde as suas bibliotecas se enchiam de obras medicas, de matemáticas e astronómicas. Quanto ao Islão na Península Ibérica, as tradições católicas e árabes inevitavelmente ao misturarem – se acabaram por fundir.
A Cidade
Um dos aspectos essenciais do grande progresso na Baixa Idade Média, é o desenvolvimento urbano e a expansão dos Burgueses. A Cidade modifica o homem medieval e as suas mentalidades numa visão mais laica do mundo. No centro das suas preocupações materiais, está o dinheiro. Ele alarga os seus horizontes, tem mais meios de se instruir e cultivar.
Segundo Jacques Rossiaud, a cidade é para todos os seus moradores uma escola de atitudes, de “savoir-vivre”, que ensina moderação, ordem, cortesia e que na cidade tudo está mais organizado do que em qualquer outro local.
Com o desenvolvimento da cidade, também ocorre o alargamento da actividade do comércio, passando a utilidade do mercador a ser reconhecida, pois até aí, o mercador era visto com desdém e desconfiança. O mercador, devido a necessidade que a sua profissão obriga, é um homem instruído, que sabe escrever e contar. Ele contribui para a difusão das línguas modernas, foi pioneiro na aprendizagem de línguas estrangeiras, no aperfeiçoamento das medidas e na manipulação das moedas.
A criança e a família
A criança era um ser educável e da qualidade da educação dependia o futuro dos indivíduos e da sociedade. A família, tanto nos meios aristocráticos, como no povo, era essencial no papel educativo junto dos mais novos. Mais novos, que eram considerados, não da forma com o são hoje em dia, como crianças, mas sim como adultos em ponto pequeno.
“Já se disse que não há crianças na Idade Media, há apenas adultos pequenos” Jacques Legoff, A civilização do Ocidente Medieval, Vlo II, 1995, p.45
Apesar de muito cedo, estas serem atiradas para a fatiga do trabalho rural ou da aprendizagem militar, elas tinham a oportunidade de divertir – se entre elas, mas os divertimentos e a duração destes dependiam da decisão dos pais e não da livre vontade da criança. Contribuindo assim a necessidade de habituação a um espírito de submissão
O pai
O pai é muito próximo dos seus filhos, cabe a ele a responsabilidade de educar e de os proteger. Mas a disciplina e a correcção são fundamentais, pois um dos objectivos educativos era a formação de um futuro homem honrado e auto disciplinado. Ele vai, também, iniciar os seus filhos a vida nobre, aos trabalhos agrícolas ou artesãs, conforme o caso. Tanto os rapazes e como as raparigas, o acompanhava no campo ou na feira para a venda dos produtos da terra, transmitindo – lhe assim os seus conhecimentos.
A mãe
A mãe medieval tem um papel importante na educação da jovem, esta ira lhe transmitir um certo número de qualidade, de saber-fazer no domínio doméstico e de informações no domínio
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