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As Sufragistas

Maria Catarina AguirraReseña16 de Septiembre de 2018

761 Palabras (4 Páginas)145 Visitas

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AS SUFRAGISTAS

“As mulheres não tem o temperamento calmo nem a mente equilibrada para julgarem questões políticas. Se permitirmos o voto das mulheres, será a perda da estrutura social. As mulheres são bem representadas pelos pais, irmãos e maridos. Uma vez dado o voto, será impossível pará-las. Elas exigirão o direito de serem parlamentares, ministras e juízas” (As Sufragistas, 2015)

O filme se ambienta em Londres, o ano é 1912. Já se passaram aproximadamente 50 anos de luta pacífica pelo direito ao voto e pela igualdade sem o mínimo de reconhecimento. As mulheres tiveram seus argumentos ignorados e ridicularizados. Dessa forma, a líder do movimento sufragista da época, Emmeline Pankhurst, convocou uma campanha nacional baseada em ações, sacrifícios e, consequentemente, desobediência civil. “Quer que eu respeite a lei? Então torne a lei respeitável” (As Sufragistas, 2015). Assim, as mulheres vão até as principais avenidas, atiram pedras para quebrar os vidros das principais lojas da cidade e, simultaneamente, gritam: voto para as mulheres. “Nós quebramos janelas, nós queimamos as coisas, porque os homens só entendem a língua da guerra” (As Sufragistas, 2015).

O primeiro-ministro da época autorizou uma audiência para ouvir as mulheres trabalhadoras do país. As sufragistas veem como uma oportunidade para mostrar que homens e mulheres devem ser iguais ao votarem, assim como o são no trabalho. E quando elas dizem no trabalho, querem dizer que exercem as mesmas funções, pois as mulheres trabalhavam quase o dobro que os homens, se submetiam a condições mais insalubres e, ainda, recebiam a metade de seu salário (algo não muito diferente de hoje em dia, um século depois de tudo isso).

Após “ouvir” o testemunho das representantes de todas as casas laborais do país, a mudança na Lei do Sufrágio não foi autorizada. Com isso, as mulheres que estavam na frente do parlamento esperando se revoltam e são brutalmente agredidas pela polícia, terminando com o aprisionamento de algumas delas.

Em seguida, Emmeline Pankhurst fez um discurso motivador para todas as sufragistas. E de sua fala, podemos extrair algumas frases pontuais que, além de incentivar ainda mais as mulheres da época a lutarem pelo voto, serve para estimular nós mulheres da atualidade a continuar lutando pela igualdade econômica, política e social dos sexos: “não queremos quebrar as leis, queremos fazer as leis”, “não temos outra alternativa senão desafiar o governo”, “se tivermos que ir para a prisão para obter o voto, que janelas sejam quebradas e não o corpo das mulheres”, “prefiro ser uma rebelde do que uma escrava” e, a que coloco como mais importante, “nunca se renda, nunca desista da luta”.

No momento em que Maud Watts, a personagem central, é expulsa de casa por seu marido e ele não a deixa ver seu filho, pelo simples fato de ela querer lutar pelos seus direitos, percebemos como a legislação da época realmente colocava as mulheres como seres insignificantes, pois ela colocava a salvo o direito do pai pelo filho e não o da mãe. Mas apenas em 1925, 13 anos mais tarde, a lei reconheceu o direito da mãe sobre o filho.

Mesmo com todo o esforço e movimentação das sufragistas, a imprensa (liderada por homens) falava sobre elas de maneira pejorativa, como se não soubessem o que estavam fazendo. Sendo assim, elas quiseram apelar diretamente para o Rei da época. Percebendo que o plano não estava indo como planejado, Emily Davison, num ato de desespero, se coloca no meio da pista de corrida dos cavalos e é morta segurando a bandeira que dizia “voto para as mulheres”. E, como os homens só entendem a língua da guerra, assim dito anteriormente, foi preciso que sangue feminino fosse derramado para que elas tivessem a visibilidade que mereciam.

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