Ficha De Leitura

A exclusão social, a pobreza, o desemprego, são alguns dos pontos que hoje se apresentam na Europa, levando a formas de intervenção particulares, embora se trace um plano conjunto. Tal facto deve-se a que cada país tem um espaço, uma sociedade independentes de todos os outros, com formas de ser ou estar muito próprias. Portanto, cada país tem que traçar um plano social particular, muito embora tenha pontos comuns com os dos seus parceiros, grande parte destes têm que se adaptar à sua realidade social.

Após a 2ª guerra mundial, a Europa procura desenvolver e dar independência às suas colonias, reconstruindo-se a si mesma. Todavia, apesar da paz, vivia-se um clima de sobressalto, devido à guerra fria. Na década de sessenta começam as preocupações com a sociedade, o bem-estar comunitário, os direitos humanos, as condições mínimas de vida, etc. com o conceito de desenvolvimento integrado. Este baseia-se numa abordagem interdisciplinar, conjugando as várias dimensões do ser humano: social, cultural, politica, na tentativa de uma melhoria de relações entre as instituições e a comunidade, um «Ser, Estar, Fazer, Criar, Saber e Ter» .

Nos anos oitenta, o chamado Desenvolvimento Local até então centrado nas mãos do Estado, passa a ter um novo conceito, descentralizando o poder de decisão colocando as várias instituições como o Estado, o poder local, instituições da comunidade e a própria comunidade, a se mobilizarem em torno de um bem comum, um projecto comum, fomentando o capital social, económico, humano e natural.

O DEL, desenvolvimento económico local, é «construir a capacidade económica de um determinado território para melhorar a qualidade de vida de todos» . Este projecto é usado para fortalecer as comunidades em que é instituído, mobilizando esforços entre a sociedade e as instituições, em torno de um projecto comum, onde todos saem a ganhar: aumento da produtividade, competitividade e empreendedorismo e trabalhadores.

Este processo capacita as comunidades a combater a pobreza e a exclusão social, definindo os modos de intervenção local. Quem melhor que a própria comunidade para reconhecer e ajudar a combater os problemas como se depara. Assim surge o empreendedorismo social.

Neste contexto o empreendedorismo social permite transformar a realidade, centrada nos indivíduos e colectividades com ideias de criação de valores, inovação e capacidade de aproveitamento de oportunidades, criando uma estrutura de apoio à iniciativa local enquanto estratégia para a intervenção social.

O apoio à iniciativa local baseia-se na criação e melhoria de micro iniciativas económicas locais, promovendo o emprego, disponibilização de ofertas formativas, sensibilização das instituições, promoção de espaços de informação, encontros e parcerias.

O Projeto de desenvolvimento comunitário da Ameixoeira é um exemplo dos aspectos referidos

...