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A Cadeina Agroindustrial Do Arroz


Enviado por   •  15 de Octubre de 2014  •  2.195 Palabras (9 Páginas)  •  286 Visitas

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1. INTRODUÇÃO

A abertura de mercado e a construção do novo ambiente competitivo registram profundas e sucessivas transformações em sua dinâmica e estrutura. Especialmente no setor de alimentos, encontrando-se processos que realçam essas transformações. O desenvolvimento tecnológico acentuado e os próprios fatores competitivos existentes, encontrados em aspectos culturais, sociais e ambientais, impuseram a implementação de inovações como uma estratégia competitiva (Schneider, 1994).

A cadeia agroindustrial do arroz é um dos setores que tem apresentado importantes transformações motivadas pelos mercados globalizados, à evolução tecnológica e a rapidez da informação, buscando atrair e aumentar o desempenho e a participação no mercado. Por tal motivo, as organizações passam por um processo de reestruturação visando novos produtos, processos e estratégias competitivas (Gianluppi & Gianluppi, 2007).

O arroz é um produto considerado de grande importância na economia mundial, por ser um alimento básico para a população. O Brasil se destaca como o principal produtor entre os países ocidentais, ocupando o nono lugar a nivel mundial, com uma safra de 11,9 milhões de toneladas no ano 2012 (Reis Filho et al., 2013). A produção ao longo dos anos tem mostrado uma tendência ao crescimento, com uma projeção de 11,1% para os proximos anos.

No caso específico do no setor arrozeiro, o aumento da produção e a competitividade está intrinsecamente vinculada a sua capacidade de inovação, não só no que se refere à atividade produtiva, mas também em relação aos demais elos da cadeia. A demanda por novas tecnologias, com o objetivo atender aos requisitos menor custo de produção, menor impacto ambiental, preços competitivos e melhor qualidade, levou os orizicultores a definir qual a melhor estratégia de atuação neste ambiente em constante mudança.

Neste sentido, a indústria de arroz, passou a empregar estratégias, tanto técnicas como operacionais, que agregam valor ao produto, por exemplo, acrescentando sabores ao arroz, direcionando-lo para um segmento de clientes mais específicos. Desta forma, o arroz deixa de ser uma comodity e passa a ser um produto diferenciado (Paraginski, 2012). O investimento em equipamentos mais modernos para o beneficiamento ajuda a reduzir os custos de produção e obter ganhos de escala (Zamberlan et al., 2010). Todas estas inovações realizadas na indústria visam enfrentar a competência dentro do mercado global, assegurando maior capacidade de sobrevivência e expansão.

Diante esse contexto, o objetivo desta revisão bibliográfica é analisar a cadeia produtiva do arroz no Brasil, com relação ao desenvolvimento das inovações no setor produtivo, identificando os benefícios obtidos pelas agroindústrias e a importância que tem para o setor.

O artigo apresenta-se estruturado em três partes. Na primeria seção é realizada uma descrição da cadeia agroindustrial do arroz, onde são analizados os elos da cadeia. Na segunda seção é ralizada uma análise das inovações ocorridas nos ultimos anos dentro da cadeia produtiva e os aportes teoricos desenvolvidos por varios autores mediante um analise Schumpeteriano e neo schumpeteriano nos processos de implementação de inovações. Na ultima seção serão apresentadas algumas considerações a partir da revisão de literiatura empreendida.

2. REFERENCIAL TEORICO

2.1. Uma visão Schumpeteriana de desenvolvimento e inovação

A econômica tem como um de seus retos explicar os fenômenos e as causas de desenvolvimento dos países. Segundo Schumpeter, o desenvolvimento é baseado em combinação de novas forças e fatores de produção que geram inovações radicais, na área produtiva e organizacional, sendo capaz de provocar transformações que geram impactos econômicos, que buscam melhorar a estrutura de produção e introduzir novos produtos ao mercado (Paginski, 2012).

Estas transformações ajudam a reduzir os custos de produção e aumentar a qualidade dos bens já existentes no mercado, além de gerar processos e produtos novos, com o fim de promover vantagens competitivas nas organizações para aumentar a satisfação das necessidades dos consumidores na sociedade (Souza, 2005).

As inovações segundo Schumpeter (1982) são representadas e englobadas em cinco casos:

1) Introdução de um novo bem;

2) Introdução de um novo método de produção;

3) Abertura de um novo mercado;

4) Conquista de uma nova fonte de oferta de matérias-primas ou de bens e

5) Estabelecimento de uma nova organização de qualquer indústria, como a criação de uma posição de monopólio.

Além disso, abordagem Schumpeteriana (1988), dá ênfase não só às grandes inovações radicais que envolvem mudanças no sistema econômico, mas também as inovações incrementais, que são melhorias continuas das inovações radicais.

A dinâmica deste processo de desenvolvimento altera a posição de equilíbrio e os diferentes processos rotineiros previamente existentes nos canais de fluxo circular. Este processo também é chamado como “destruição criadora”, que revoluciona a estrutura econômica capitalista fazendo uma renovação nas organizações que buscam lucros monopolistas, desenvolvimento capitalista, sustentabilidade e competitividade no mercado (Possas, 2002).

A “destruição criadora” está nas mãos do empresário, já que é quem inicia, fomenta e dirige os processos de inovação, assim como os desenvolvimentos tecnológicos, utilizando diferentes meios econômicos para alcançá-los, mas o empresário não sempre é quem necessariamente tem o capital para realizar as inovações. Schumpeter afirma que a pessoa que assume os riscos e tem os recursos disponíveis para investir, são os capitalistas e não os empresários (Hadd, 2010).

Através da análise Schumpeteriana, conclui-se que as empresas buscam a inovação tecnológica para aumentar seus lucros. No caso de uma inovação em processo produtivo, isto vai proporcionar à empresa uma vantagem competitiva em relação aos seus concorrentes, aumentando-lhe, desta forma, a possibilidade de maior lucro.

A inovação tecnológica representa um papel fundamental no desenvolvimento econômico de um país, sendo primordial para a conquista de novos mercados podendo englobar a introdução

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