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Jhully9 de Agosto de 2013

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Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS /Campus Realeza

Curso de Letras Português e Espanhol – Licenciatura

Literatura Brasileira

Prof. Sérgio Massagli

Acadêmica: Juliana Cássia Alves Pereira Muller

Resumo do texto: “O nacionalismo literário”

Os movimentos literários no Brasil se espelhavam, na sua grande maioria, nos padrões tradicionais europeus. A incorporação dos costumes europeus no Brasil, se deu graças ao movimento arcádico que pretendia praticar a literatura e utilizá-la como instrumento de valorização do país.

No entanto, com a independência política e com o Romantismo houve uma quebra na rigidez estética do arcadismo, isso graças a ascensão de novos sentimentos, como o patriotismo e a necessidade de uma literatura nacional que comprovasse a autonomia brasileira em relação à Portugal. E nesse aspecto o Romantismo teve um papel fundamental.

Como os temas e as formas tradicionais não se adequavam aos anseios de uma sociedade que pouco a pouco tornava-se independente, o “Romantismo rompeu com a monotonia, a rigidez e a objetividade do arcadismo”. Com isso surgiram novas concepções, mais flexíveis e atraentes e a temática passou a exprimir aspectos relativos a sociedade na qual estavam inseridos, dos quais o regionalismo, a religião e o indianismo.

Nesse contexto, a sociedade passa a ser vista, traduzida e valorizada por um novo olhar. Um olhar imbuído de dever patriótico em contribuir para a criação de uma identidade “puramente brasileira”.

É primordial citar a importante contribuição do grupo de jovens brasileiros liderados por Domingos José Gonçalves de Magalhães, que reunidos em Paris discutiram a criação de uma literatura que seria a identidade brasileira, não apenas uma identidade cultural, mas também política e social. O marco das ideias desse grupo de jovens foi a criação da Revista Niterói, que apesar de ter sido publicada apenas dois números tornou-se o “ponto de partida para a teoria do Nacionalismo literário”. Essas edições continham as ideias centrais da teoria desse novo gênero literário que fomentava.

Assim, a renovação literária no Brasil teve fundamentalmente dois aspectos básicos: o Nacionalismo e o Romantismo, sendo este tributário do primeiro. Pois, foi pelo contato com as ideias românticas que se buscou a realidade brasileira e com isso formou-se uma consciência nacional que pretendia fixar na literatura os costumes, as tradições, o povo e a paisagem.

Convém mencionar o Romantismo como “o conjunto dos traços específicos do espírito e da estética” que surgiram após o Neoclassicismo. Enquanto que o Nacionalismo é o movimento que engloba “o nativismo com predominância do sentimento pela natureza, e o patriotismo com forte sentimento pela nação e a busca pela liberdade literária”.

Dessa forma, dentre os temas nacionais, além da celebração da natureza fortemente presente nas descrições das paisagens naturais abundantes, exóticas e fonte de riqueza criativa, podemos ainda destacar a religião e o indianismo.

A temática religiosa aparece em todas as obras do Romantismo brasileiro, entretanto é tratada sob dois primas diferentes: a religião como crença, como dogma, devoção a Deus e a religião tida como “abertura da sensibilidade para o mundo e as coisas através de um espiritualismo mais ou menos indefinido, que é propriamente a religiosidade”.

A religião como fé específica foi utilizada como reação ao culto pagão dos neoclássicos. A vida espiritual e a crença em Deus eram enfocados como ponto de apoio para as frustrações do mundo real, e também como filosofia reta e requisito de inspiração poética.

Entretanto, a visão da religião vista sobre

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