Resumen Preconceito Lingüístico, O Que É, Como Se Faz.
marianabaggio8 de Abril de 2014
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Resenha: Preconceito lingüístico, o que é, como se faz. Marcos Bagno. Desde a independência de Portugal, estamos à procura de uma “identidade nacional”, que nos caracterize enquanto brasileiros. A língua falada é marca de uns pais, através dela conseguimos identificar nacionalidades. O problema é que a partir do momento que deixamos de ser colônia, passamos a querer esconder as heranças que nos foram deixadas pelos colonizadores, como se eles não fizessem parte, não tivessem dado a sua contribuição na formação da língua e cultura nacional. A maior prova da contribuição portuguesa na “identidade brasileira” é que falamos o Português, língua derivada da junção do Tupi com o Português, oriundo de Portugal. No entanto, seria um equivoco esquecermos das varias outras culturas que também tem sua grande parcela de contribuição na diversidade cultural do povo brasileiro e do Brasil. E é esse, a nosso ver, o ponto central de discussão, desenvolvido por Marcos Bagno em seu livro, “Preconceito Lingüístico, o que é, como se faz”. O Brasil é o 5° maior país do mundo em extensão territorial e que tem dentro do limite de suas fronteiras a maior diversidade de etnias no mundo; sendo assim, praticamente impossível uma uniformização da língua falada. E por que então a língua escrita é uniforme? Por que acreditamos que “a língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente”? Que o “brasileiro não sabe português... só em Portugal se fala bem português”? Que “português é muito difícil”? Que “as pessoas sem instrução falam tudo errado”? Que existem estados específicos onde o português é “melhor” falado? Que “o certo é falar assim porque se escreve assim”? Que “é preciso saber gramática para se falar bem”? Que o “domínio da norma culta é um instrumento de ascensão social”? São com essas perguntas que Marcos, trabalha seu livro, e provoca-nos a uma reflexão. Hoje, quando aprendemos a língua portuguesa, nas escola, centros acadêmicos, o fazemos a partir de modelos que não pertencem a nossa realidade, histórica e de língua falada, mas sim a de Portugal - que nos “empresta” sua gramática normativa para servir de base na construção da nossa – criando assim uma grande lacuna entre a linguagem escrita e falada, o que dificulta a aprendizagem do português nas escolas. A verdade é que, como bem coloca Bagno, o processo de aprendizagem/estudo do português brasileiro está rodeado de “mitos”; acreditar que somente Portugal fale o português corretamente, é que nós o copiamos, e um erro, pois o processo de formação dos dois paises foi completamente distinto, assim como o português que cada um fala. Basear-se na gramática como “termômetro” para esse tipo de afirmação é um equivoco maior ainda, pois a gramática não existiria se não fosse a língua falada e, enquanto esta (língua falada) está em constante processo de transformação, a escrita não. Outro mito que ronda a língua, e que Bagno trabalha muito bem, é que saber falar “corretamente” a língua portuguesa não é mais uma questão de status/ ascensão social, para ser bem quisto na sociedade tem que se ter bens materiais, e não mais “cultura”. A verdade é que a gramática normativa não rege a fala da sociedade. Pelo contrário, acaba “ignorando” os diversos costumes regionais, além de que, como o próprio autor coloca, “o domínio da norma culta de nada vai adiantar a uma pessoa que não tenha todos os dentes, que não tenha casa decente para morar, água encanada, luz elétrica e rede de esgoto”. Então quando o autor propõe um “afrouxamento” da norma culta, não faz da boca para fora, ele cria elementos. Não se trata assim de “uma argumentação técnica, uma argumentação que no fundo não passa do habitual apelo ao ressentimento populista” (Olavo de Carvalho, filósofo); mas de pensar a sociedade a
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