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Revolução Francesa e Americana


Enviado por   •  27 de Agosto de 2013  •  1.169 Palabras (5 Páginas)  •  309 Visitas

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DISSERTAÇÃO ANALÍTICA

Tratando-se de obras que possuem, cada qual, sua singular e fundamental importância nos temas “gênero e politica internacional” e “imperialismo e pós-colonialismo” nas Relações Internacionais (R.I.) e, devido as suas respectivas contribuições – calcadas por desconstruções seguidas de reconstruções – teórico-acadêmicas, torna-se difícil o dever de eleger uma que consideremos mais válida e produtiva.

No entanto, ao longo da busca pela compreensão destes, deparamo-nos com um ‘vilão’ comum – que deixou resquícios ao longo da história do mundo capitalista – dentre todos os temas levantados e que, de longe, é visto ou até mesmo abordado pelo mainstream das R.I., o Ocidentalismo Imperialista e Eurocêntrico. Logo, objetivando o reconhecimento desta problematização, sugerimos espelharmo-nos na feliz citação feita por Keohane, referindo-se ao conhecimento descolonizado do plano internacional, recordando Sri Aurobindo, afirmando que deveríamos “[...] transcender a lógica da exclusão, a luta contra a dominação de uma forma que procura a unidade de todos e não apenas a libertação dos oprimidos”.

Portanto, diante do exposto, fica claro que nossa preferencia se dá, impreterivelmente, com os textos de Julian SAURIN, Branwen JONES e, com uma pequena, porém, de forma alguma, não menos importante contribuição, de Robert KEOHANE – mais especificamente, no último capítulo de seu artigo.

Este, desvenda que as principais características do imaginário imperialista das R.I. são: a não menção de eventos e processos do mundo não-ocidental e a sistemática exclusão das historias e pensamentos das lutas históricas coloniais, ignorando autores como Gandhi, Fanor, Gramsci e Habermas. Completa, expondo que qualquer discussão sobre democracia parte de um ponto de referencia ‘padrão’, o da “democracia liberal ocidental”. As demais, são maciçamente negadas. Além disso, afirma que o Ocidente possui o “monopólio da virtude sobre noções” de direitos humanos, discursos normativos e comunidade política. Por fim, exemplifica que a constituição e origem dos direitos humanos advém da Revolução Francesa e Americana, ausentando a contribuição da Revolução Haitiana.

Por sua vez, JONES preocupa-se em abordar o eurocentrismo e o imperialismo, sob o viés do estudo das R.I. Moderna. Esta, ainda consiste no pensamento clássico europeu, baseados no distorcido pensamento eurocêntrico, no qual, foca-se em temas ‘conservadores’ como potências, hegemonias e politica econômica global (ponderada pelo Capitalismo), e deixando de lado suas raízes de contexto Colonial e Imperial. Segundo o autor, o Imperialismo é “a antítese do reconhecimento universal internacional” e as R.I. “refletem a história do Ocidente e os interesses dos poderosos”; e questiona: “Qual a relação histórica e causal entre o crescimento do Liberalismo Europeu e as estruturas de prática do Colonialismo?”. Expõe que as R.I. Modernas, – constituídas pelo Feminismo, por exemplo – enfrentam a herança colonial logo, precisam superar omissões e preconceitos das principais correntes e que, o Eurocentrismo, está enraizado na mais profunda consciência da disciplina. Além disso, afirma que a Teoria das R.I. ‘falseia’ a Ordem Mundial como um “pós-colonial” e que o Imperialismo permanece, como um “neo-colonialismo”. Sátiramente nomeia as R.I. como “Relações Imperiais”. Sugere que é preciso um estudo das R.I. “a partir da perspectiva do mundo!”. Conclui externando que o ponto central do Eurocentrismo é sacar a noção de Imperialismo das R.I. e do Direito Internacional.

Parecendo tratar-se de um artigo elaborado justamente para complementar com excelência os temas abordados anteriormente, SAURIN afirma que as R.I. são de fato criadas a partir de questões colonialistas. Logo, é preciso descoloniza-las. Para tal, é necessária uma reestruturação do método da ciência política e história de um lado e do outro, por meio da geopolítica do conhecimento. É uma questão de “produção estrutural”. Assim, a produção de uma ordem social diferenciada é eminente e a ambição de mudar as RI se baseia no fato de ser necessária a presença de discursos vindos de realidades diferentes. Portanto, é preciso inserir tais vieses nas teorias de RI. A simples simpatia das hegemonias por tais discursos

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