Cobertura Vegetal
Chuspebe26 de Enero de 2014
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ÍNDICE DE CONTENIDOS
I.INTRODUÇÃO 6
II.COBERTURA VEGETAL 8
III.OBJETIVOS E HIPÓTESES 10
III.1 Objetivos 10
III.2 Hipóteses 10
IV.ÁREAS DO ESTUDO 12
VI.1 Justificativa sobre a eleição das áreas de estudo 12
VI.2 Localização das áreas do estudo 11
V.MÉTODOS 14
V.1 Análise das características socioeconômicas e urbanas dos bairros 14
V.2Critérios de classificação socioeconômica 14
V.3Análise dos dados de alfabetização dos bairros 15
V.4Análise da Cobertura Vegetal Urbana 16
V.5Avaliação das relações entre as características socioeconômicas dos bairros
estudados e grau de alfabetização com Cobertuta Vegetal Urbana 17
VI.RESULTADOS 18
V.1 Análise das características socioeconômicas e urbanas dos bairros 18
V.2Critérios de classificação socioeconômica 21
V.3 Análise da Cobertura Vegetal e Classe Social. Diagramas de Dispersão 24
V.4Análise da Cobertura Vegetal Urbana e grau de alfabetização. Diagramas
de Dispersão. 27
VII.DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 29
VIII. CONCLUSÕES 30
XI. BIBLIOGRAFIA 31
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela II.1.Funções da vegetação no espaço urbano 8
Tabela IV.1.Localização dos municípios 11
Tabela IV.2.Localização dos bairros nos municípios 11
Tabela V.1.Variáveis socioeconômicas do análise 14
Tabela V.2.Classes sociais e renda familiar 15
Tabela V.3.Variáveis de análise. Alfabetização 15
Tabela V.4.Índice de Verde por habitante nos bairros estudados 17
Tabela VI.1.% de Classes Sociais em cada bairro estudado 18
Tabela VI.2.Valor do rendimento nominal mediano mensal dos domicílios
particulares permanentes com rendimento domiciliar (BRL) 20
Tabela VI.3.% de Alfabetização em cada bairro estudado 21
Tabela VI.4.% de Alfabetização segundo faixa de idade em cada bairro estudado 22
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura IV.1.Localização dos bairros em Jundiaí 12
Figura IV.2.Localização dos bairros em Piracicaba 13
Figura IV.1.% Classes Sociais dos bairros de Jundiaí 19
Figura IV.2.% Classes Sociais dos bairros de Piracicaba 19
Figura IV.3.% Alfabetização dos bairros de Jundiaí 22
Figura IV.4.% Alfabetização dos bairros de Piracicaba 23
Figura IV.5.Dispersão Classe A. Jundiaí 24
Figura IV.6.Dispersão Classe B. Jundiaí 24
Figura IV.7.Dispersão Classe C. Jundiaí 24
Figura IV.8.Dispersão Classe D. Jundiaí 24
Figura IV.9.Dispersão Classe E. Jundiaí 25
Figura IV.10.Dispersão Classe A. Piracicaba 25
Figura IV.11.Dispersão Classe B. Piracicaba 25
Figura IV.12.Dispersão Classe C. Piracicaba 26
Figura IV.13.Dispersão Classe D. Piracicaba 26
Figura IV.14.Dispersão Classe E. Piracicaba 26
Figura IV.15.% Cobertura Vegetal e Alfabetização nos bairros de Jundiaí 27
Figura IV.16.% Cobertura Vegetal e Alfabetização nos bairros de Piracicaba 28
AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer ao Programa Bolsas Iberoamericanas de Graduação do Banco Santander que permitiu-me realizar pesquisas durante o desenvolvimento deste trabalho no Centro de Métodos Quantitativos do Departamento de Engenharia Florestal da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo.
O meu sincero agradecimento aos Professores Maria Cruz Usano Martinez e Manuel Vázquez Prada Grande que acompanharam a minha carreira académica, e também aos professores Demóstenes Ferreira da Silva Filho e Jefferson Lordello Polizel por me darem a oportunidade de elaborar o presente trabalho.
E por último, uma palavra de agradecimento aos meus colegas de sala de aula, Irene, Candy, Carolina e Mónica, porque me deram o seu apoio incondicional ao longo dos anos e, ao Alex, Tomás, Benjamin e Andy, que com a sua ajuda contribuíram para uma melhoria significativa na redação do documento final.
RESUMO
Devido à crescimento desordenado nas últimas décadas, as cidades brasileiras são caracterizadas por desigualdades estruturais, quer seja econômicas, sociais e ambientais entre a população. Quanto à quantidade de cobertura vegetal, mostra uma clara disparidade no porcentual de áreas verdes públicas e privadas dos bairros de uma mesma cidade.
Sendo pouco conhecida a diferença entre a quantidade e a distribuição da vegetação dos bairros de uma mesma cidade, foram realizadas correlações entre o Índice Verde por habitante com as variáveis independentes de (1) classe social e, (2) nível de alfabetização de seis bairros do município de Jundiaí, e seis Bairros do município de Piracicaba, ambos no Estado de São Paulo.
Os resultados das correlações indicam que os fatores que levaram à configuração espacial da vegetação dos bairros, são essencialmente a diferença de renda ou nível de riqueza das pessoas que habitam esses espaços, de modo que este fator determina proporção de vegetação presente neles.
SUMMARY
Brazilian cities are characterized by their population´s structural inequalities on the economic, social and ambient topics, all due to the disordered development of the past decades. Regarding the amount of Vegetal Coverage, a clear inequality appears among the percentages of public or private green spaces of the neighborhoods of a same city.
Considering that the difference between amount and distribution of the Vegetal Coverage of the neighborhoods of a given city is unknown, correlations have been established between the Green Index per capita with the independent variables: social class and level of alphabetization in six neighborhoods of the municipality of Jundiaí, São Paulo and in six neighborhoods of the municipality of Piracicaba, São Paulo.
The results of the correlations indicate that the factors that have shaped the spatial configuration of the vegetation of the neighborhoods refer mainly to the difference of income (or level of wealth) of the people who inhabit a given space. Hence, this factor is the one that determines the amount of vegetation present in it.
I. INTRODUÇÃO
Na segunda metade do século XX Brasil começa um intenso e acelerado processo de urbanização. A chegada da industrialización e as transformações do meio rural, contribuiram para que nos dias de hoje mais de 85% da população brasileira viva em áreas urbanas organizadas.
Na maioria dos casos não existe um plano de urbanização adequado e o crescimento das cidades surge de forma desordenada. Este crescimento desorganizado das cidades leva à substituição de elementos naturais por outros com elevada capacidade reflectora que condicionan um microclima quente produzindo uma alteração no balanço de energia. Materiais como o asfalto, amianto, vidro e estruturas metálicas causam a formação das denominadas “ilhas de calor” nas cidades, que além de gerar mal-estar à população, aumenta o risco de inundações, compactação e impermeabilização do solo.
Como este, existem outros exemplos de geração de impactos ambientais devidos à expansão urbana, tais como, contaminação acústica, atmosférica ou outro tipo de contaminação, criando na população maior incidência por problemas de caráter ambiental, tais como doenças respiratórias e altos níveis de estress entre outros.
A preocupação pelos aspectos ambientais urbanos é crescente e as soluções passam por avaliações complexas de diversas informações que tardam em ser obtidas nos levantamentos de campo.
Estudos realizados em várias cidades do mundo provam os efeitos negativos sobre o medio ambiente devido à expansão urbana. Dentro de um aglomerado urbano estes efeitos meio-ambientais negativos não se distribuem de maneira homogénea na população, existindo uma sobrecarga destes problemas em setores habitados por comunidades ou bairros de baixos rendimentos ou pertencentes a alguma minoria étnica. (EPA, 2000; Krieg e Faber, 2004; Walker and Bulkeley, 2006; Fisher et al., 2006). Pela mesma lógica dos efeitos ambientais negativos, as funções ambientais favoráveis, como as outorgadas pela vegetación, também se distribuem de maneira assimétrica na população (Inverson and Cook, 2000; Pedlowski et al., 2002; De la Maza et al., 2002; Escobedo et al., 2006),sendo mais escassas nos setores pobres, que ao mesmo tempo são os mais deteriorados por impactos ambientais acumulados.
Numerosos estudos assinalam a vegetação como um dos elementos biofísicos mais importantes no meio ambiente das cidades, pois apresenta um sem número de funções e serviços ambientais valiosos (Sukoop, 1991; Fariña-Tojo, 1998; Chiesura, 2004); entre outros, melhorar a qualidade do ar, ajudar a controlar os ruídos, reduzir riscos de inundação e proteger a biodiversidade (Romero et al., 2001; Ruiz-Jaén e Mitchell, 2006; Nowak et al., 1997). Uma das soluções para diminuir os problemas causados pela excessiva impermeabilização térmica do solo, sofrida nas cidades brasileiras, é tratar o meio urbano com a arborização das vias públicas,
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