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Líquido Cerebrospinal


Enviado por   •  3 de Octubre de 2019  •  Resúmenes  •  1.410 Palabras (6 Páginas)  •  75 Visitas

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Líquido Cerebrospinal

O líquido cerebrospinal (LCS), Líquido cefalorraquidiano ou Líquor é produzido no cérebro e desempenha diversas funções. Esse líquido fornece aos médicos uma ferramenta para avaliar o sistema nervoso central. As indicações para a realização de uma punção lombar e um exame de líquor incluem suspeita de encefalite, doenças desmielinizantes, meningite, esclerose múltipla, neurossífilis e hemorragia subaracnoide, dentre outros distúrbios. Esse procedimento é geralmente realizado em pacientes que apresentam convulsões não explicadas ou naqueles com febre de origem desconhecida. Demência e estados agudos de confusão também podem levar o médico a realizar uma punção lombar e um exame do líquido cerebrospinal. A punção lombar não deve ser realizada quando houver infecção ou inflamação no sítio de punção.

O sítio mais comum utilizado para a punção lombar é o espaço intervertebral entre L3 e L4. O uso desse sitio evita danos à medula espinal em adultos, uma vez que a medula não se estende até essa região. Em crianças pequenas e bebês, a medula espinal pode estender-se a tal região; assim, o espaço intervertebral entre L4 e L5 é utilizado nesses casos.

O sítio da punção lombar é criteriosamente higienizado e aplica-se anestesia local. A punção lombar é realizada e, com agulha posicionada na dura-máter, a pressão do líquor é medida utilizando-se um manômetro graduado ligado à seringa. O LCS é coletado quando a pressão encontra-se normal e não apresenta queda significativa ao inicio da coleta.

Em geral, 10 a 20 mL de líquido cefalorraquidiano são coletados em 3 ou 4 tubos estéreis, numerados de forma sequencial. Quais testes serão realizados com cada tubo depende do protocolo do laboratório ou da requisição específica do médico. Um protocolo comum consiste na realização da análise química e imunológica no tubo número um, procedimentos microbiológicos o tubo número dois e contagens celulares no tubo número três.

Os exames realizados no líquor incluem avaliação macroscópica ou características físicas que podem indicar punção traumática ou hemorragia, exame microscópico com contagem diferencial de células (incluem leucócitos e células ependimais), análises químicas que incluem dosagem de proteínas, glicose, lactato e amônia, procedimentos microbiológicos com coloração e cultura, e testes imunológicos. Os resultados desses exames em conjunto com o quadro clínico do paciente levam ao correto diagnóstico do paciente. Entre as principais infecções que acometem o SNC se encontram as meningites que podem ser divididas em quatro grupos principais: bacteriana, fúngica, tuberculose e viral. Além delas meningite parasitária também pode acontecer, porém são menos frequentes.

A interpretação laboratorial dos exames leva ao correto diagnóstico, por exemplo: alta concentração de bactérias associadas à concentração elevada de proteínas, nível reduzido de glicose e pleocitose de leucócitos (maior proporção de neutrófilos) é sugestiva de infecção bacteriana que pode ser confirmada por meio da coloração de Wright e cultura microbiológica, ao passo que a observação de células malignas podem indicar metástase originada por tumores primários no SNC ou vinda de outros órgãos como pulmão, mama e trato grastrintestinal.

Líquidos corporais serosos

Cavidades corporais serosas são aquelas que envolvem vários órgãos (coração, pulmões, órgãos abdominais) e são revestidas por membranas serosas. A membrana serosa que recobre o órgão consiste na porção visceral da membrana, ao passo que a membrana serosa que reveste a parede corporal é a porção parietal da membrana. O líquido seroso preenche o espaço entre a porção visceral e a porção parietal, atuando como lubrificante entre as membranas da parede corporal e os órgãos.

Os líquidos corporais serosos são encontrados nas cavidades que envolvem os órgãos vitais. Esse líquido normalmente tem aspecto límpido e levemente amarelado, assemelhando-se ao soro. As cavidades serosas incluem o pericárdio, a pleura e o peritônio.

A denominação “seroso” é conferida a esse fluido em virtude de sua composição similar ao soro. O líquido seroso é um ultrafiltrado de plasma, sendo mantido pelas forças de pressão, bem como pela absorção de fluido pelo sistema linfático. O acúmulo de líquido seroso é denominado derrame, e pode ser classificado em transudato, exsudato ou derrame quiloso. O derrame do tipo transudato é aquele decorrente dos distúrbios sistêmicos que comprometem a filtração ou reabsorção fluídica e são causados devido à insuficiência cardíaca congestiva, cirrose hepática ou síndrome nefrótica. Já o derrame do tipo exsudato é decorrente de processos inflamatórios que ocasionam danos à parede dos vasos sanguíneos, dano às membranas de cavidades corporais ou diminuição da reabsorção pelo sistema linfático, sendo associados a processos patológicos como infecções, inflamações, hemorragias e doenças malignas. Por fim o derrame do tipo quiloso é aquele que apresenta uma emulsão de linfa e quilomícrons, causados por obstruções ou danos a vasos linfáticos.

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