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O DEBATE SOBRE AS DIFERENÇAS E OS CAMINHOS PARA SE (RE)PENSAR A EDU


Enviado por   •  17 de Octubre de 2014  •  387 Palabras (2 Páginas)  •  227 Visitas

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A interpelação da objetividade científica e os debates sobre as igualdades e as diferenças: o contexto das atuais discussão

Atualmente faz parte do cenário político e educacional a problematização do tema inclusão/exclusão social com vistas, entre outras coisas, a se propor uma escola que possa convocar e acolher a todos em suas singularidades, sejam elas psicológicas, sociais, lingüísticas, históricas e/ou políticas. Compreensivelmente, os debates acabam por trazer à tona, de modo quase sempre tenso e inconcluso, clássicas discussões sobre a natureza das diferenças entre os homens ( e a que preço valem a pena serem sustentadas) em oposição à idéia humanista de igualdade universal. As discussões nos trazem também a perversidade de distribuir os sujeitos em termos de fronteiras, de localização, de estarem aquém ou além do discurso da normalidade.

O contexto histórico no qual tais discussões vêm emergindo apresenta-se contraditório. De um lado, nas academias, ainda observa-se um marcado desejo de se trazer para as Ciências Humanas o olhar e as práticas objetivas das Ciências Exatas, traduzidos pela busca de afirmações universais sobre os eventos de uma mesma classe. De outro, vê-se emergir, do interior mesmo de algumas áreas exatas, como a Física, autores (Prigogine, 1996) que, ao demonstrarem a importância das flutuações e da instabilidade, apontam a necessidade de se

construir novas formas de se fazer Ciência. Formas que possam não apenas ultrapassar as descrições deterministas e teleológicas (universais) sobre o homem mas, também, que permitam abordar as complexidades fortuitas, a desordem, as radicais diferenças constitutivas dos acontecimentos humanos. Para dar conta dessa empreitada, não se poderia mais continuar “falando unicamente de ‘leis universais extra-históricas’, mas que, além disso, temos que acrescentar o ‘temporal e o local’; entretanto, isto implica em afastar-se dos ideais da ciência tradicional” (Prigogine, 1996, p.40).

Ao invés de ser mantida a lógica explicativa das oposições binárias e das análises disjuntivas, afim de se exorcizar o problema de suas complexidades, a idéia é exatamente inversa: é a de se refutar a possibilidade de onisciência; é não se eliminar o complexo. Em outras palavras, é colocar sob suspeição o pensamento simples, redutor e pretensamente universal - traduzido pela busca de leis gerais que possam dar conta de inúmeros acontecimentos (independentes do espaço e do tempo; independentes da história; independentes dos sujeitos ou de suas narrativas) - no campo das ciências humanas.

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