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Filosofia


Enviado por   •  25 de Febrero de 2015  •  1.396 Palabras (6 Páginas)  •  308 Visitas

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Problemas e correntes filosóficas da teoria do conhecimento

O debate sobre a (im)possibilidade do conhecimento

Existem pelo menos duas atitudes ou posições com relação á possibilidade do conhecimento: o cepticismo e o dogmatismo; opostas quanto ao problema da possibilidade do conhecimento.

As questões fundamentais que aqui se colocam são:

Pode o sujeito apreender o objecto? Pode atingir a verdade, a essência das coisas, ou está condenado ás suas múltiplas aparências? Eis algumas respostas filosóficas que foram dadas por várias correntes de pensamento.

Dogmatismo

O dogmatismo é uma doutrina ou corrente filosófica que admite a possibilidade da mente humana conhecer com plena certeza as coisas; é uma resposta positiva á questão da possibilidade ou não de o homem conhecer as coisas; é a atitude de todo aquele que crê que o homem tem meios para atingir a verdade absoluta.

Para o dogmático, existem critérios que permitem ao homem distinguir o verdadeiro do falso, o certo do duvidoso. Por isso, a percepção de qualquer objecto leva o dogmático a crer, com toda a naturalidade, na existência do mesmo, não admitindo a possibilidade de que o conhecimento de tal objecto possa ser posto em causa.

A palavra ‘dogmatismo’ provém de uma outra ‘dogma’ que é uma verdade indiscutível, muitas vezes defendida pelas religiões. Por exemplo, é um dogma “uma verdade que não se pode discutir” entre os cristãos católicos que Maria deu á luz o menino Jesus, porem permaneceu virgem.

De certa forma, podemos considerar o dogmatismo como a atitude habitual do homem comum.

Pois o que é notório entre os homens, face á problemática do conhecimento, é facto de não nos questionarmos sobre o valor do conhecimento e, ainda, não pormos em causa a nossa capacidade para estabelecer a verdade em determinadas áreas, não procuramos indagar da possibilidade da relação cognitiva sujeito-objecto, assim como dos fundamentos dessa relação cognitiva.

Esta atitude é própria do senso comum, visto que este toma o conhecimento vulgar e banal, superficial e crítico, a existência do objecto em si, como algo real e inquestionável. Todavia, nem todos os dogmáticos pensam da mesma forma: uns são intransigentes nas posições, outros são moderados quanto á possibilidade da mente humana conhecer ou não as coisas. Assim podemos falar de espécies ou formas do dogmatismo: o espontâneo e o crítico.

a) Dogmatismo espontâneo

Este supõe que o homem conhece os objectos tal qual são e que entre o conhecimento e a realidade há um perfeito acordo. O dogmatismo espontâneo é uma atitude humana e psicológica de quem deposita plena confiança nos dados dos sentidos; atitude de quem julga conhecer as coisas como elas são; é uma crença que, como tal, não permite reflexão ou crítica sequer sobre a existência das coisas, a partir do momento em que o espirito as cogita (pensa). Para o dogmatismo espontâneo, que é a posição ingénua do senso comum, pensar o contrário significaria colocar em dúvida a verdade cientifica, porque pode dar-se o caso de aquilo que se crê ser falso.

b) Dogmatismo crítico

Este surgiu com Sócrates, quando os sofistas assumem uma posição céptica acerca do valor do conhecimento. Sócrates, utilizando primeiro a dúvida, que corresponde a um momento necessário e prévio no processo do conhecimento verdadeiro, vai chegar á conclusão de que é possível conhecer verdadeiramente determinadas realidades. É notório que este dogmatismo coloca o conhecimento intelectual acima do conhecimento sensível, uma vez que este apenas nos dá a conhecer as manifestações da realidade, manifestações essas que mudam continuamente com o passar do tempo, ao passo que aquele outro, o intelectual ou racional, dá-nos a conhecer a essência ou natureza íntima da realidade. Esta essência ou natureza íntima da realidade é imutável, por isso o seu conhecimento é absoluto

Contrariamente ao dogmatismo espontâneo, que admite o conhecimento absoluto das coisas, o dogmatismo crítico admite, sim, a possibilidade de o homem possuir conhecimentos certos acerca das coisas, mas este conhecimento nem sempre é total e perfeito. Por isso, exige que se faça um exame crítico de todas as certezas naturais, incluindo as verdades básicas ou metafisicas.

Partilhando da perspectiva que se deve submeter todas as certezas a um exame crítico, o filósofo francês René Descartes (1596-1650) considerou

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