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Enviado por   •  18 de Marzo de 2014  •  941 Palabras (4 Páginas)  •  136 Visitas

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O livro analisa a estrutura política das sociedades pré-colombianas da América, referindo-se em particular às "sociedades sem Estado". Em "Copérnico e os selvagens”, são investigadas populações que não desenvolveram, ou não quis desenvolver um aparelho do Estado. Clastres demonstra como a etnologia, ciência que estuda as diferentes etnias humanas, foi capturada por uma espécie de etnocentrismo que tornou possível falar de sociedades sem poderes político, uma espécie de trajetória evolutiva na qual existem sociedades “subdesenvolvidas" e as "desenvolvidas”. Ele conclui afirmando que, "As sociedades não podem ser divididos em dois grupos: as sociedades com poder e sociedades sem poder..". Clastres analisa o raciocínio que define o poder como relação entre comando e obediência, identificando assim "sociedades arcaicas", em que a ausência de coerção ou violência é característica, como sociedades sem poder policial. ''O poder político é universal'', afirma Clastres, mas o tipo de coerção é a propriedade de sociedades históricas, enquanto os outros são caracterizadas pelo poder não-coercitivo. O poder político coercitivo é apenas um tipo de poder, um caso particular, uma realização concreta do poder político em algumas culturas. A política está presente nas sociedades, mesmo quando as instituições políticas estão ausentes.

Clastres apresentou a sociedades primitivas como incompletas, menos evoluídos, por falta de estado. Os preconceitos etnocêntricos também levaram alegação de que esse tipo de sociedade de subsistência seria menos tecnológicas, ignorando que desenvolveram tecnologia suficiente para sobreviver em condições ideais em seu ambiente, tendo que passar apenas uma pequena parte do seu tempo à criação e alimentação de tarefas. Algumas sociedades primitivas apresentam ‘’economia de subsistência’’, de acordo com Clastres são sociedades que vivem em um sistema econômico baseado em atividades rudimentares que existem com o único objetivo da autossuficiência, produzindo apenas o necessário para o consumo imediato. Na medida em que o objetivo é a mera satisfação das necessidades básicas. A grande maioria das sociedades de caçadores-coletores conseguem os seus recursos com sucesso, tendo mais do que suficiente e produzi um ligeiro excedente além do que eles precisavam para sua sobrevivência. Além do mais, conseguem estes alimentos por um número de horas muito menor do que os camponeses, trabalhadores e até mesmo muitos profissionais das chamadas sociedades “civilizadas”. As pessoas nessas sociedades trabalharam uma média de cerca de 3, 4 ou no máximo 5 horas por dia, e por isso tem o suficiente para outras atividades como festas comunais, a preservação da tradição oral, tempo, etc.

Para Clastres, a falta de Estado nas sociedades sem Estado (chamadas "primitivas") não foi porque não puderam ou não foram capazes de tê-lo, mas elas não queriam, e foram bem sucedidas. É claro que estas sociedades tinham líderes,

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