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Politico da Petrobrás


Enviado por   •  29 de Agosto de 2014  •  1.167 Palabras (5 Páginas)  •  186 Visitas

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O uso Politico da Petrobrás – Porque está ocorrendo e o seu Impacto nas Empresas e na Economia do País.

Em junho de 2008, a Petrobras era a sexta maior petrolífera do mundo em valor de mercado, valendo quase 300 bilhões de dólares. Hoje é a mais endividada e a menos lucrativa. Os problemas são muitos – desde a perda de dinheiro devido ao controle de preços dos combustíveis, feito pelo governo, até atrasos na conclusão de refinarias. E ganharam relevância em meio ao escândalo da compra da refinaria de Pasadena (EUA), que virou uma crise política às vésperas da eleição presidencial.

O valor de mercado da estatal encolheu de 380 bilhões de reais em 2010, quando o preço do petróleo explodiu e a empresa ainda celebrava a descoberta do pré-sal, para 179 bilhões de reais no final de março. Segundo analistas ouvidos pela DW, a estatal vem perdendo sua credibilidade no mercado, em parte pelo que consideram o uso político feito pelo seu acionista majoritário, o governo brasileiro.

Este obriga a Petrobras a vender combustíveis a preços defasados – entre 15% e 20% inferiores ao preço internacional, desde 2006 – para segurar a inflação, o que prejudica o fluxo de caixa da empresa; e a comprar parte dos equipamentos de fornecedores nacionais, mesmo que estes sejam mais caros e mais propensos a atrasos do que os vendidos por empresas estrangeiras.

"O congelamento do preço da gasolina influencia consideravelmente o resultado da Petrobras, logo no momento em que tem um grande desafio pela frente, que é o de realizar os investimentos no pré-sal", diz o economista do Ibmec/RJ, Mauro Rochlin. "E quando o preço for equiparado ao valor de mercado, provavelmente após as eleições, as pressões inflacionárias vão ser maiores do que aquelas que o governo tentou conter. Essa política é um tiro no pé."

Em compensação, a empresa – que em 2013 produziu 1,93 milhão de barris de petróleo por dia no país, retrocedendo a patamares de cinco anos atrás – não está dando conta de abastecer o mercado interno e tem que aumentar a importação de gasolina e diesel – uma alta de 450% nos últimos três anos. Pelo fato de comprar mais caro no exterior e vender mais barato no mercado interno, a estatal teve prejuízo nos últimos dois anos de 37 bilhões de reais no setor de abastecimento.

De acordo com Ildo Luís Sauer, diretor do Instituto de Energia e Ambiente da USP, além do governo brasileiro, os principais prejudicados pelos preços não competitivos da gasolina e do diesel são os acionistas minoritários e o setor sucroalcooleiro. Para ele, o setor foi "dizimado" por causa do preço artificial de venda de combustíveis usado pela Petrobras.

"Com isso, o etanol perde um espaço importante. Além disso, a própria empresa também perde, pois ela previa fazer a transição energética para fontes renováveis após a era do petróleo", afirma Sauer. "No passado, a ideia da transição fez com que a Petrobras fosse muito bem avaliada pelos investidores nacionais e estrangeiros."

A crise na Petrobras chega num momento delicado para a presidente Dilma Rousseff. Segundo a última pesquisa do Datafolha, ela teria hoje 38% das intenções de voto, seis pontos a menos que em fevereiro, data da sondagem anterior. Entre os motivos para a queda, segundo o instituto, estão o crescente pessimismo com a economia e forte desejo de mudança do eleitorado.

"A popularidade de Dilma está caindo por vários fatores, e a Petrobras também ajuda, já que a estatal é um ícone nacional. Os brasileiros têm um carinho especial pela empresa", afirma Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).

A Petrobras está envolvida numa crise política sem precedentes por causa da compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), e deverá ser alvo de uma Comissão

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