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COPON: O ENREDO DE UM FILME TRISTE


Enviado por   •  16 de Octubre de 2013  •  1.030 Palabras (5 Páginas)  •  369 Visitas

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COPON: O ENREDO DE UM FILME TRISTE

(*) Carlos Stempniewski

Na época da jovem guarda um conjunto chamado Trio Esperança, já tinha como seu designativo a palavra esperança que hoje representa o desejo oculto de milhões de brasileiros, entoava com muito sucesso sua música de lançamento FILME TRISTE. Nela se falava da triste relação entre a expectativa positiva dentro de um relacionamento e a frustração que a realidade nos impõe. Trazendo para os dias atuais é o sentimento que sentimos sempre que o COPOM se reúne. Percebemos que o governo não vem cumprindo a sua parte e toda vez que o comitê se reúne ficamos tristes e mais pobres. O Brasil acaba tendo que pagar mais juros para a banca nacional e internacional. Em 2011 serão quase R$ 200 bilhões ou mais de R$ 90 bilhões de euro. Dinheiro suficiente para colocar, com folga, a economia da Grécia, ou Irlanda ou Portugal em ordem, protagonistas recentes de forte perturbação da ordem econômica mundial.

Como o dinheiro vem dos impostos, isto significa menos saúde, menos educação, menos inserção social, menos dinheiro para o PAC e por ai vai. Para completar o evento os juros do crediário em geral ficam maiores. O mesmo acontece com os empréstimos para as pessoas jurídicas. Menos dinheiro no bolso dos cidadãos comuns e menos margem na comercialização dos produtos para as empresas. Neste ano os residentes no país deverão pagar mais imposto de renda visto que a tabela do ano passado não foi corrigida. Comparando dezembro de 2009 com 2010 as pessoas físicas já pagaram 54,52% a mais de imposto de renda. Nestas situações não faltam os defensores de que as medidas são corretas e tudo vai ficar bem. O último governo assumiu no segundo mandato com uma taxa SELIC de 17,25% e terminou em 11,25%. Apesar de toda a engenharia financeira do Copon a inflação, não parou de subir.

O Brasil encontra-se sob nova administração. Com maior discrição nos atos de governo, menos proselitismo político e maior preocupação com a capacidade de geração de caixa do país, começa o trabalho de equacionar a herança recebida. Nesta tarefa precisa de tempo. A inflação em 2010 foi elevada, chegando 5,9% à maior em seis anos. Em 2009 foi de 4,3%. Em 2011 deverá permanecer na casa dos 5,0%. O PIB chegou a 7,5% e a taxa de desemprego veio para algo próximo a 6%. Em 2011 o PIB deverá reduzir-se para 4,5%. Apesar da projeção de redução do ritmo de crescimento da economia e todos os problemas que tal situação acarreta no geral os Índices apresentados enaltecem o país no contexto econômico internacional.

Demanda em alta, pleno emprego, uma aceleração nos preços dos alimentos e produtos minerais. O real valorizado estimulando a importação e comprometendo o equilíbrio da balança de pagamentos. O dólar em 2011 dificilmente superará o teto de R$ 1,85. O novo governo luta para conter a explosão dos gastos públicos. Existe a necessidade de investir-se pesadamente na preparação da Copa do Mundo em 2014 e nas Olimpíadas de 2016, sem descuidar das obras emergenciais de portos, aeroportos, estradas e aquelas trazidas pelas calamidades naturais agravadas pela imprevidente urbanização das cidades brasileiras. De onde virá o dinheiro.

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