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A Religião Hindu


Enviado por   •  6 de Marzo de 2015  •  1.100 Palabras (5 Páginas)  •  410 Visitas

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RIVIÈRE, Claude. Os ritos profanos. Petrópolis: Vozes, 1996 (p. 73-107).

Riviére em sua obra Os Ritos Profanos, no segundo capítulo, intitulado Estrutura, função e dinamogenia do rito profano, irá expor de uma forma heurística, os aspectos semelhantes no rito entre os diferentes pensadores que trabalham tal abordagem.

E o rito, por funcionar segundo um eixo, o rito sublinha as relações interindividuais, a reciprocidade e a partilha dos ideais comuns. Seja como estrutura teleológica dos valores, ou como meios simbólicos ordenados, seja como sistema de comunicação.

Segundo Durkheim, “o rito é uma forma pela qual o social garante e enuncia sua permanência” (p. 75). Mas não se trata, diz o autor, de uma simples manutenção estática da ordem social. O rito profano atua com mais intensidade nas relações sociais do que o rito religioso que e mais rígido. Pois o rito profano é aberto e acolhe o novo, mas mantendo sempre o seu eixo central, ou seja, sem perder sua identidade. E o rito, tanto o profano quanto o sagrado tem um fator de unificação e de ordem social, ainda que mantenham suas diferenças.

As hierarquias que podem ser percebidas são seis, enumeradas pelo autor, a iniciar pelo modo de integração, passando pela marcação de termos da diferença de uma estratégia de permuta, ou como sendo uma pedagogia de integração da cultura, como sinal de reconhecimento social para uso interno identitário, ou como via de derivação e transmutação pela violência do esporte e enfim, como valorização de certos atos cuja importância é sublinhada pelo rito.

Dentro da estrutura do tempo social, o rito como fenômeno e seus aspectos de tradição e memória, foi estudado pela Ecole des Annalees, mas os etnólogos o estudam enfatizando a temporalização e a intemporalidade primitiva. As visões de Caillois e Eliade é de que o rito anula o tempo que desliza por um retorno ao começo, ou seja, o rito anula o tempo vindouro. Riviére contradiz essa afirmação e diz que o rito estrutura o tempo, pois uma das finalidades do rito é a repetição no aspecto temporal, pois a repetição guia o futuro e pode mostrar mudanças nas relações sociais.

É claro, diz o autor, que existe o risco de o rito ser confinado em si mesmo, em seu formalismo, tornando-se objeto de controle social, político e religioso, é preciso atentar a esse cuidado, pois como escreve Erick Hobsbawn e T. Ranger, o rito pode restaurar a tradição e a tradição restaurar o rito.

O rito também, dentro da relação de alteridade assume a função de negociação, pois o rito coloca o sujeito em relação, seja esta alteridade a sociedade ou os próprios objetos do rito, assim como também submete como os ritos de passagens que integram ou que opõe a sociedade.

Essa relação de alteridade é percebida entre os vários campos sociais; na musica, no esporte, entre os jovens, nas sociedades arcaicas e modernas e nas culturas de modo geral. Pois o rito conduz sempre a uma representação unificada do mundo (Luckman, Bourdie) na realidade o rito profano enuncia mais uma ordem social do que o rito religioso, e no final das contas, afirma Riviére, o rito sempre atua como ordem á sociedade e a cultura. Eliade diz que o rito “serve de remédio à obsolescência da vida dos homens. É também um baluarte contra a degradação, como o é também contra a inovação” (p. 82).

Tendo tal relação social, é certo então

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