Planejamento Estratégico Governamental.
TamirescrisResumen5 de Septiembre de 2016
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Resenha do texto: Planejamento Estratégico Governamental (pág. 24 – 44).
Ainda que o planejamento possa ser considerado como uma expansão do pensamento marxista, pelo seu histórico notamos que foi uma ferramenta utilizada em várias épocas e por diferentes tipos sociais, por exemplo, o planejamento na Guerra Fria gerou efeitos socioeconômicos positivos nos demais países do bloco socialista. Já nos países capitalistas o planejamento passou a ser visto, pela esquerda, como uma possibilidade de ultrapassar as relações sociais e técnicas capitalistas para atingir algum tipo de socialismo.
No Brasil, esse conceito ganhou força no período pós-guerra, em 1940, mas foi acrescentado no plano de ações do Governo a partir dos anos cinquentas, em sucessivas experiências no âmbito federal, como o Plano de Metas feito no governo de Kubistschek.
O Planejamento Estratégico Governamental (PEG) deve ser inserido no contexto sociopolítico econômico adverso do contexto brasileiro atual, pois a política brasileira ainda tem características do “Estado Herdado” e o planejamento ainda é visto como um caráter demagógico e manipulador. Assim, o PEG deve buscar minimizar essas características, buscando a transformação no sentido de transformar esse “Estado Herdado” em um “Estado Necessário”, esse que passa ser um Estado capaz de atender, emergir e satisfazer as demandas da maioria da população, e ainda projetar o país em uma rota que o leve a estágios civilizatórios superiores.
Desta maneira, o compromisso de uma disciplina de PEG num curso de especialização em formar gestores públicos capacitados é de extrema importância, uma vez que o papel desses capazes de contribuir para essa mudança do Estado “Herdado para o Necessário”. Entendendo melhor a ligação da democratização política no Brasil e o “Estado Necessário”, notamos que o papel do Estado nessa transformação é de extrema importância e que reformas das estruturas socioeconômicas devem ser realizadas para que o Estado deixe de funcionar apenas para a classe rica e atenda também a classe trabalhadora.
Várias necessidades fizeram com que tanto a direita quanto a esquerda, notarem o quão fundamental é contar com as metodologias do planejamento e gestão para sanar problemas e aumentar até mesmo a participação popular, uma vez que já não é possível seguir governando uma sociedade ignorante e subordinada.
O trânsito do “Estado Herdado” para o “Necessário” demanda capacitação de seus quadros; formação de gestores capazes de dominar aspectos teóricos e práticos do processo de elaboração de políticas públicas, a fim de utiliza-las como ferramentas de mudança social, econômica e política. Demanda também a elaboração de um planejamento governamental e de políticas públicas diferentes das criadas no “estado Herdado” que eram injustas e genéricas.
As demandas que o processo de democratização política cada vez mais coloca e que nos aproximam cada vez mais do “Estado Necessário”, originarão outro tipo de agenda política, assim serão muito diferentes os problemas que a integrarão e tudo isso terá que ser processado e absorvido por este estado em transformação. Essas demandas e outros fatores fazem parecer que os problemas não tem solução, porém a consciência da transição de um Estado par o outro e a construção de um novo tipo de Estado o “Necessário” é o principal fator para que uma solução possa ser enxergada.
A decisão de se criar um curso no qual se insere a disciplina PEG já nos remete a essa consciência por parte dos atores envolvidos na transição para o “Estado Necessário”, porém muito mais que isso precisa ser feito para que essa transição aconteça de forma efetiva.
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