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Poder Do Agora

arcsr28 de Marzo de 2014

666 Palabras (3 Páginas)193 Visitas

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Tolle começa a obra explicitando os seus conceitos-chave. Ora, para ele, o ser é a vida única, eterna e sempre presente para além da diversidade de formas de vida sujeitas ao nascimento e à morte; é transcendente e imanente a cada forma, sendo a sua essência mais profunda invisível e indestrutível; só é compreensível quando se tem uma mente quieta e focada no agora, mesmo assim, o ser pode ser sentido mas nunca é totalmente compreendido (p.32).

Segundo Tolle, nós somos viciados no pensamento porque nos identificamos com ele e retiramos de lá a nossa identidade. Para este ego (falso eu) o presente praticamente não existe, somente o passado e o futuro, isto para saber quem somos (passado) e objetivar uma continuidade (futuro); quando o presente acontece ele é distorcido (meio para).

Assim, o maior obstáculo para experienciarmos o ser somos nós próprios, ou melhor, é a identificação com a nossa mente que faz com que o pensamento se torne compulsivo. Torna-se então clara a importância de para de pensar, de nos libertarmos da nossa própria mente.

Para o conseguirmos devemos começar por nos observarmos, ou seja, prestar atenção aos nossos padrões de pensamento (com especial destaque aqueles que são repetitivos), sem nunca os julgarmos. Segundo Tolle, este é o primeiro passo para parar de pensar compulsivamente e iniciar um estado de união natural sentida com o ser, conseguindo um sentimento de quietude e paz. Para além desta técnica, para impedir a actividade mental, podemos centrar a nossa atenção no Agora. Na verdade, o momento presente é a chave da libertação, mas não pode ser alcançado enquanto formos a nossa mente”(p.41).

Deste modo, o autor evidencia que o passo vital para atingir a iluminação é deixarmos de nos identificar com a nossa mente. Mas o que é a iluminação? Tolle define-a como um estado natural de união sentida com o ser; um estado de ligação com a nossa essência; a nossa verdadeira natureza (para além do nome e da forma); fim do sofrimento (p. 32). Para ele, a iluminação é recuperar o conhecimento do Ser e manter-se nesse estado de sentir-percepção (p. 34, 35). É um estado integral de se estar em uníssono com a vida (externa) e o ser (interno) e, por isso, estar em paz.

Importa distinguir consciência de pensamento: o pensamento é apenas um pequeno aspecto da consciência e não pode existir sem ela, no entanto, a consciência não precisa do pensamento. Ora, a iluminação é então elevar-se acima do pensamento. Já a ausência de mente é a consciência sem o pensamento (p. 42).

No entanto, para além do pensamento, a mente contém as emoções e padrões de reações mentais e emocionais inconscientes. De acordo com o autor, a emoção nasce no local onde a mente e o corpo se encontram; é a reação do corpo à mente. Assim, quanto mais nos identificarmos com os pensamentos, maior será a carga emocional deles advinda. Na verdade, quando existe um conflito entre a mente e a emoção, o pensamento será a mentira e a emoção a verdade, porque esta é sentida (p. 43, 44).

Observar a emoção é como observar o pensamento a diferença é que esta se observa no corpo. Assim, podemos permitir a sua manifestação sem sermos controlados por ela. Portanto, observar as nossas emoções é tão importante como observar os nossos pensamentos.

Segundo Tolle, as emoções são-nos apresentadas em dicotomia, por exemplo, prazer/dor. Contudo, importa salientar que amor, alegria e paz não são vistas como emoções mas como estados profundos do ser, ou como três aspetos de ligação interior com o ser, pelo que não têm opostos porque a sua origem está para além da mente.

Enquanto nos identificarmos com a mente a dor é inevitável. Ela tem dois níveis: a dor que criamos no presente e a dor que vem do passado e que continua a viver na nossa mente e corpo. Deste modo, temos que deixar

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