ARMAZENAMENTO DE ALIMENTOS
09726999103 de Septiembre de 2014
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ARMAZENAMENTO DE ALIMENTOS:
PROPOSTA DE RECIPIENTE COMO UMA ALTERNATIVA POSSÍVEL E SAUDÁVEL – FASEII
RESUMO
Com os diversos problemas observados pela problemática da saúde populacional vinda em partes de alimentos contaminados, o presente projeto teve como objetivo criar um recipiente alternativo para armazenar alguns alimentos (frutas, legumes e grãos) de forma correta e testar sua eficiência quanto à diminuição do contato e contaminação por agentes biológicos. Para seu desenvolvimento, o recipiente foi criado a partir de uma barrica forrada internamente por papel alumínio, para conservar a temperatura, e cravo-da-Índia, como repelente contra agentes biológicos. Como tampa, foi utilizada uma tela galvanizada de três milímetros e tecido TNT. As análises consistiram em verificar a presença e ausência de microrganismos em três alimentos (banana, tomate e maçã). Os três frutos deixados em uma fruteira comum por sete dias foram avaliados quanto à presença de microrganismos a partir da técnica de raspagem, com alça de platina, para crescimento em meio de cultura Ágar Nutriente. Depois da coleta, os frutos foram deixados por sete dias no recipiente alternativo. Após o período citado, as análises foram repetidas. O único fruto que apresentou crescimento nos dois testes foi a banana, sendo observada uma queda significativa na presença de microrganismos após a permanência no recipiente. Por possuir ação antimicrobiana, o cravo-da-Índia eliminou grande quantidade dos microrganismos presentes no fruto. Isso torna provável a substituição de conservantes químicos por naturais.
Palavras chaves: Agentes biológicos, conservação de alimentos, patógenos.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................6
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................................7
2.1. Crescimento populacional e saúde....................................................7
2.2 Doenças transmitidas por alimentos (DTAs).......................................7
2.3 Agentes biológicos..............................................................................8
2.3.1 Insetos...................................................................................8
2.3.2 Roedores...............................................................................9
2.3.3 Microrganismos...................................................................10
2.4 Cravo-da-Índia...................................................................................10
3. DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO....................................................12
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.....................................................................14
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................17
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................18
ANEXOS............................................................................................................22
INTRODUÇÃO
Com o processo de urbanização intenso e desordenado, o crescimento populacional acarreta alguns problemas sociais, dentre eles podemos citar o sistema de saúde.
Atualmente o sistema de saúde no Brasil tem vivido um grande inchaço com intensas demandas e atendimento precário.
Muitas pessoas que procuram uma assistência médica em postos de saúde e até mesmo nos hospitais podem estar doentes em decorrência da ingestão de alimentos contaminados. Muitos leitos de hospitais poderiam estar menos congestionados se alguns cuidados básicos de higiene fossem realizados em suas casas.
Dentre esses cuidados podemos citar o armazenamento correto de alimentos.
Portanto, a proposta deste projeto é a criação de um recipiente alternativo para armazenar alguns alimentos (frutas, legumes e grãos) de forma correta e testar sua eficiência quanto à diminuição do contato e contaminação por agentes biológicos.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. CRESCIMENTO POPULACIONAL E SAÚDE
O crescimento populacional no mundo é caracterizado como o aumento do número de habitantes no planeta, e com o intenso desenvolvimento urbano mundial que ocorre de maneira descontrolada, as cidades são o foco das atenções do mundo contemporâneo visando, cada vez mais, seu crescimento. Essa urbanização, por suas modificações físicas, sociais e econômicas, apresenta um impacto muito importante na saúde da população (GOUVEIA, 1999).
Esse impacto à saúde é causado por falta espaço, falta de higiene, alta produção de alimentos com uso de agrotóxicos, condições precárias de saneamento básico, entre outras, como o armazenamento inadequado de alimentos, foco desta pesquisa.
2.2 DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS (DTAs)
As doenças transmitidas por alimentos (DTAs) são causadas por agentes químicos (agrotóxicos ou metais pesados) ou biológicos (microrganismos patogênicos), os quais penetram no organismo humano através da ingestão de água ou alimentos contaminados (AMSON et al., 2006). As doenças transmitidas por alimentos (DTA”s) são aquelas causadas pela ingestão de alimentos contaminados, como já foi dito anteriormente, e estão envolvidas em sua grande maioria com bactérias, fungos, toxinas e alguns parasitas como, por exemplo: cisticercose.
Devido ao armazenamento incorreto dos alimentos, os mesmos ficam a mercê de diversos agentes biológicos tais como insetos, roedores e, principalmente, microrganismos, que acabam por comprometer a saúde humana.
2.3 AGENTES BIOLÓGICOS
2.3.1 INSETOS
Diferentes autores há algum tempo vem alertando sobre o papel específico de insetos no transporte de diversos microorganismos nos mais variados ambientes.
Os insetos que entram em contato com os alimentos são considerados vetores mecânicos de diversos microorganismos porque se contaminam facilmente quando em contato com esses agentes patológicos (LASER et al., 2000).
As moscas, por exemplo, liquefazem o alimento sólido regurgitando sobre eles sua saliva. Após pousarem em superfícies contaminadas como o lixo, os esgotos e excreções e secreções humanas (fezes, catarro e lágrimas) esse insetos podem transmitir várias doenças como a febre tifóide paratifóide, a diarreia infantil, vermes intestinais, cólera, disenteria bacilar, distúrbios gastrointestinais e até poliomielite (paralisia infantil) (UFRJ,BIOLOGIA).
Por possuírem o hábito de regurgitar o alimento para servir de fonte de nutrientes para os mais jovens, as formigas acabam por criar um ambiente extremamente propício para o desenvolvimento de microorganismos (BEADSON, 1972).
As baratas são os insetos mais comuns ao convívio humano, devido às propícias condições relacionadas à disponibilidade de alimento, abrigo e água. Segundo Buzzi (2005), elas não são caracterizadas como vetores diretos de doenças,
mas podem veicular mecanicamente diversos patógenos por percorrerem esgotos, lixeiras e outros locais contaminados, afetando diretamente a saúde do ser humano. Assim, certas bactérias podem causar gastroenterites e surtos diarréicos, quando há contato desses insetos, através de saliva, excrementos e também com o contato de seu corpo, com alimentos e utensílios de uso humano.
2.3.2 ROEDORES
As doenças causadas por ratos podem ser encontradas quando ocorre uma enchente, acontece em casas onde ocorre falta de higiene, em fábricas e em armazém onde contém comida e sujeira suficiente para o rato ficar.(MINISTÈRIO DA SAÚDE)
A Leptospirose é uma zoonose causada por uma bactéria do tipo Leptospira sp. que afeta seres humanos e animais podendo ser fatal. Durante chuvas e inundações, essa bactéria, presente na urina do rato, se espalha nas águas, podendo invadir casas e contaminar, através da pele, os que entram em contato com áreas infectadas. A longa permanência de pessoas na água favorece a penetração da bactéria pela pele limpa, sem ferimentos, e ela pode atingir rins, fígado e musculatura.
Os roedores domésticos mais comuns, que levam a leptospirose ao homem, são o rato de telhado (ou de forro, o Rattus rattus), a ratazana (de praia ou de esgoto) e o camundongo (o Mus musculus).
Os humanos também se infectam, frequentemente, por água, alimentos ou solo contaminados pela urina de animais infectados (bovinos, suínos, equinos, cães, roedores e animais selvagens) que são ingeridos ou entram em contato com membranas mucosas ou com a pele. A infecção é mais comum em áreas rurais, podendo ocorrer, também, em áreas urbanas, quando alguns dos animais mencionados entram em contato com alimentos armazenados em depósitos não devidamente isolados. Há casos de pessoas que contraíram a
doença e morreram por beberem líquidos (e só foi descoberto após a sua morte) de latas que se encontravam contaminadas com a bactéria causadora da infecção, devido à urina dos ratos que se encontram nos armazéns de fábricas e supermercados. Não há registros de transmissão da doença de uma pessoa para outra (SEAP, 2013).
2.3.3 MICRORGANISMOS
Considerando apenas os agentes biológicos patogênicos para o homem, vê-se que um grande número é transmitido pela água e alimentos, provocando o quadro de gastroenterocolite aguda (GECA) (BALBANI & BUTUGAN, 2001).
Há grande diversidade destes agentes, e a precariedade das condições de higiene do
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