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PARAGUAI, DESENVOLVIMENTO E INDÚSTRIA MAQUILADORA DE EXPORTAÇÃO


Enviado por   •  29 de Agosto de 2018  •  Reseñas  •  1.106 Palabras (5 Páginas)  •  151 Visitas

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RESENHA CRÍTICA

PARAGUAI, DESENVOLVIMENTO E INDÚSTRIA MAQUILADORA DE EXPORTAÇÃO

Essa pesquisa pretende mostrar uma característica peculiar do processo de formação socioespacial de um país com particularidades distintas dos demais da América Latina. O Paraguai desde o seu processo de colonização desenvolveu uma economia independente com peculiaridades próprias de seu país, desde o processo de formação e atuação das Missões Jesuíticas o país começou a desenvolver a formação de uma estrutura de isolamento territorial, espacial, politica, social e econômica acentuada, uma série de fatores contribuíram para o desmantelamento dessa estrutura independente, foram elas as politicas autárquicas empregadas após a independência do país, e as Guerras da Tríplice Aliança séc. XIX  e do Chaco séc. XX esses fatores submeteram o país a uma dependência politico econômico imperialista britânica e Estado Unidense que se fortaleceram durante o séc XX. e XXI.

O trabalho desenvolvido nesta pesquisa propõe uma avaliação profunda do modelo de industrialização via maquiladoras de exportação (IME) voltadas ao mercado mundial, que foram empregados no Paraguai após a implementação da lei de Maquila 1.064/97.

Os efeitos dessa implementação de industrialização por IME geraram preocupações para o Paraguai e também para a maioria dos países da América Latina, a estrutura regional paraguaia sofreu abalos consideráveis devido a inserção ao IME.

A adoção do Paraguai ao IME propõe uma nova estruturação urbano-regional para com uma politica de desenvolvimento calçada no âmbito externo, entender como o país chegou a implementação da lei de Maquila é essencial na compreensão de industrialização atual do Paraguai.

O modelo de maquilagem industrial ou subcontração enfatiza uma noção de formação socioespacial tema muito abordado por Milton Santos (1979, 2006) essa diretriz conceitual vai de encontro a dinâmica socioespacial de alteração do regional.

Questionamentos referentes a influencia de Brasil e Argentina no processo de IME e os efeitos da dinâmica urbano-regional sobre as médias cidades do Paraguai são lacunas ainda em pleno desenvolvimento de pesquisa, mas será que o IME é uma alternativa relevante para o processo de industrialização no Paraguai?

Para isso se faz necessária a compreensão da dinâmica do processo de formação sócio espacial. Para Milton Santos o Paraguai não passou consubstancialmente pelo período técnico cientifico informacional, o estado não sérvio de agente direto ao processo de industrialização por isso o IME ganhou força e notoriedade.

A formação socioespacial do Paraguai se deu através de modelos impositivos, replicados e por vezes interrompidos que culminaram em formação socioespaciais fragmentadas. O Paraguai pode ser definido como o primeiro estado soberano e industrial da América Latina e se sua estrutura politica sócioespacial não tivesse sido desmantelada ele seria um modelo a ser seguido por outros países da América latina.

A formação socioespacial do Paraguai e sua relação com o desenvolvimento vem através de uma racionalidade anterior a ocupação espanhola, própria dos indígenas e do processo de implementação da Missões jesuíticas no país,  os padres jesuítas ao contrários dos espanhóis e portugueses  implementaram um processo de desenvolvimento técnico e material para com os indígenas Guarani distinto e muito peculiar,  os jesuítas através do conhecimento da língua Guarani introduziram comportamentos e hábitos produtivos a esfera Missioneira, carpintaria, tecelagem,  alfaiataria tornos e fornos eram processos aplicadas na Reduções jesuíticas, o resultado da produção atendia o consumo interno e o excedente  era comercializado pelo jesuítas no mercado Ibero-americano ou europeu, isso rendia recursos que eram aplicados em novos investimentos produtivos,  como artesãos, agricultores, pintores, artistas, cantores entre outros, o regime social da Missões se desenvolveu de forma autônoma ao poder eurocêntrico e de base industrial  esse fator rendeu um desenvolvimento técnico industrial avançado se considerarmos o período.

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