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INTERNACIONALIZACION


Enviado por   •  15 de Mayo de 2015  •  1.518 Palabras (7 Páginas)  •  121 Visitas

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CONCEITO DE INTERNACIONALIZAÇÃO

A inclusão de empresas sem investimento direto no exterior entre as consideradas “internacionalizadas” traz à baila o problema da definição desse fenômeno. Em trabalho intitulado “Perspectivas e Estratégias na Internacionalização de Empresas Brasileiras’ Rodrigo Cintra e Bárbara Mourão observam que, para o caso brasileiro, “não são raras as vezes nas quais se confundem internacionalização, exportação e negociações internacionais”. Notam também que, para alguns analistas, essas são “fases de um mesmo processo”, ou “facetas iguais de uma mesma ação”. A constatação é pertinente, sobretudo quando se considera que o tamanho do mercado nacional brasileiro levou as empresas brasileiras a terem de enfrentar o que aqueles autores chamaram de uma “tendência inercial muito forte” a não se ocupar com uma “atuação internacional sustentada e, sobretudo, planejada.

Para evitar essa inclusão de empresas meramente exportadoras entre as empresas internacionalizadas, Cintra e Mourão passaram a definir internacionalização corno “o processo de concepção do planejamento estratégico e sua respectiva implementação, para que urna empresa passe a operar em outros países diferentes daquele no qual está originalmente instalada’ O conceito, entretanto, é ainda excessivamente amplo, pois dele apenas se excetuaram “as simples relações de importação e exportação’ Assim, a internacionalização envolveria a movimentação internacional de fatores de produção, sendo apenas necessário que haja “uma relação contínua com o exterior’ Em outras palavras, não bastaria a exportação, mas também seriam fundamentais a abertura de uma filial no exterior, o estabelecimento de parcerias, investimentos cruza dos entre empresas, acordos de cooperação industrial e/ou comercial, ou ainda, a aquisição de empresas já constituídas no país-alvo.

A discussão é interessante, pois leva também ao estudo das formas de atuação externa. Cintra e Mourão buscam classificar as diversas formas dessa atuação: transações (comercialização de produtos, marcas e patentes); investimento direto (abertura de instalações produtivas ou sedes para prestação de serviços) e projetos especiais (cm geral opera dos diretamente no mercado consumidor). As opções estratégicas de uma empresa interessada na internacionalização, segundo aqueles autores, seriam três: a utilização de uma trading company; o estabelecimento de um escritório de vendas no exterior ou de concessionárias ou subsidiárias; ou ainda a formação de uma joint venture.

INÍCIOS DA INTERNACIONALIZAÇÃO

A economia mundial mudou profundamente desde a Segunda Guerra Mundial, onde a mudança mais fundamental para os negócios foi o surgimento de mercados globais. Tendo identificado novas oportunidades em qualquer parte do mundo, os concorrentes globais têm substituído os locais (KEEGAN, 2005). O crescente número de países adotando a ideologia do mercado livre, a transferência do processo de mudança do centro de gravidade econômico para os países em desenvolvimento, os avanços nas comunicações e as novas oportunidades de mercado, criadas por meio da abertura das fronteiras ao comércio, investimentos e transferência de tecnologias, são as forças que impulsionam a globalização e internacionalização das empresas. Diante deste cenário, a globalização em seus quatro níveis (mundial, país, indústria e empresa) ocorre porque os administradores, em empresas específicas, tomam decisões que resultam em maiores fluxos internacionais de capital, bens e/ou conhecimento (GOVINDARAJAN e GUPTA, 2001).

IMPORTÂNCIA

O termo internacionalização recebeu, em grande parte, seu sentido atual nos estudos de Kindleberger (1969), ao expôr sua teoria sobre as grandes empresas, em que as fundamenta em um direito de monopólio sobre cinco classes de ativos específicos: acesso à tecnologia, conhecimentos de gestão em equipe, economias de escala nos centros de produção, melhores ideias de comercialização e marcas geralmente bem conhecidas.

O cenário econômico atual caracteriza-se cada vez mais pelo seu dinamismo e sua atitude global. A interdependência entre países, a formação de blocos regionais, o surgimento e crescimento de economias emergentes na Ásia e América Latina, bem como os surpreendentes avanços tecnológicos em distintos setores são, sem dúvida alguma, tendências e configuram o presente ambiente mundial competitivo e em constante mutação em que estamos inseridos.

Como consequência dessas tendências, os fenômenos da globalização dos mercados e a internacionalização das empresas vêm se acentuando ainda mais, o que faz com que seja imprescindível a visão cosmopolita e internacional por parte dos empresários e o desenvolvimento do repensar conceitos e estratégias inseridas em um modelo de economia tão aberta.

Considerando essas características, a internacionalização aparece como uma urgente necessidade para as empresas, como forma de sobrevivência e interdisciplinariedade de projetos futuros. As empresas não se internacionalizam ao ritmo das estatísticas macroeconômicas, mas sim em função das oportunidades que descobrem e das fortalezas e debilidades que enfrentam. Porém é necessário observar que este processo representa um

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